"O número de mortos chegou aos 350", indicou a missão local das Nações Unidas, referindo, numa mensagem de correio eletrónico citada pela agência francesa AFP, que a catástrofe terá feito muitos desalojados.
A missão referiu que os serviços da ONU estão a trabalhar em conjunto com as autoridades locais para tentar socorrer as vítimas "ainda soterradas" nos escombros.
A Força Internacional da NATO no Afeganistão (ISAF) também está a ajudar o exército afegão nas operações de resgate, acrescentou a Unama.
O deslizamento de terras aconteceu no distrito de Argo, na província de Badakhshan, uma região pobre localizada numa área montanhosa remota que faz fronteira com o Paquistão, China e Tajiquistão.
Em declarações ao canal de televisão afegão Tolo News, o governador da província, Shah Waliwallah Adib, admitiu que o número de vítimas mortais pode atingir as 2.500, referindo ainda que 300 casas ficaram soterradas.
O governador adiantou que centenas de pessoas foram retiradas da zona afetada e que, até ao momento, apenas oito pessoas foram resgatadas dos escombros.
Outros responsáveis locais, citados pela AFP, referiram durante a tarde de hoje que centenas de pessoas estavam dadas como desaparecidas.
"Cerca de 250 a 400 pessoas estão desaparecidas", afirmou Mohammad Baidaar, vice-governador da província de Badakhshan, em declarações à AFP. O mesmo responsável referiu que "cerca de 350 a 400 casas" tinha ficado destruídas.
Também em declarações à AFP, o diretor da agência afegã de gestão de situações de crise, Mohammad Daim Kakar, referiu que cerca de "250 famílias" tinham sido afetadas.
Durante a conferência de imprensa conjunta com a chanceler alemã, Angela Merkel, que está a realizar uma visita a Washington, o Presidente norte-americano, Barack Obama, lamentou esta "terrível tragédia" no Afeganistão.
"Os nossos pensamentos estão com os afegãos que estão a enfrentar uma terrível tragédia", disse Obama.
"Muitas pessoas estão desaparecidas. Estamos prontos para ajudar os nossos parceiros afegãos a enfrentar esta catástrofe", acrescentou o chefe de Estado norte-americano.
N.M