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Atenas recusa categoricamente cortes adicionais exigidos pela «troika».

"Não haverá novas medidas". O governo grego deu um murro na mesa e recusa cortes adicionais exigidos pelos credores internacionais.

"Não haverá novas medidas. Conseguimos um excedente primário com muito esforço e enormes sacrifícios da sociedade", afirmou hoje o ministro para a Reforma Administrativa, Kiriakos Mitsotakis, em declarações à cadeia de televisão privada Mega.

O ministro reiterou que o governo "deu provas de seriedade e da sua vontade de fazer reformas reais" e descartou que o Parlamento possa aprovar um novo pacote de cortes.

Mais dramática foi ainda a advertência formulada pela irmã de Mitsotakis, a também deputada conservadora e ex-ministra dos Negócios Estrangeiros Dora Bakoyianni.

"Se querem evitar que a Grécia se afunde os credores têm que perceber que chegámos ao nosso limite", sublinhou hoje Bakoyianni em declarações à televisão privada Skai.

O ministro da Saúde, Adonis Yeoryiadis, ainda foi mais longe na quarta-feira ao advertir que se obrigarem o governo a aprovar novas medidas haverá de novo eleições antecipadas.

Os três políticos conservadores fizeram estas declarações no âmbito das novas exigências apresentadas pela ‘troika’ a Atenas para fazer cortes de mais 2.000 milhões de euros.

Segundo a ‘troika’, os cortes de 4.000 milhões de euros previstos no Orçamento para 2014 serão insuficientes para cobrir o défice de financiamento.

O próprio ministro das Finanças grego, Yannis Sturnaras, falou repetidamente de falhas financeiras de cerca de 5.000 milhões de euros em 2014 e de cerca de 10.500 milhões de euros até ao final de 2016.

Segundo informações no portal informativo "in.gr", o governo dirigido pelo conservador Andonis Samarás quer convencer a ‘troika’, formada pela Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional, de que o défice poderá financiar-se com o previsível aumento de arrecadação de impostos em 2014.

O governo estima que esta melhoria das receitas fiscais seja viável porque a economia vai crescer pela primeira vez depois de seis anos de recessão consecutiva.

Atenas prevê que o Produto Interno bruto (PIB) aumente 0,6%. Sturnaras assegurou que se procurarão as fórmulas necessárias em Dezembro e que actualmente todas as opções estão em cima da mesa, com excepção a de cortes "horizontais" a salários e pensões.

A próxima etapa de negociações entre Atenas e a ‘troika’ está prevista para Novembro.

Fonte: Económico

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