Os proveitos de 145 milhões de euros, um aumento de 13,6% em relação ao período homólogo anterior, são realçados no relatório que a SAD benfiquista enviou ontem ao mercado sobre as contas de 2012/13 em que gerou prejuízos de 10,4 milhões de euros. Porém, "a acumulação de prejuízos nas últimas quatro épocas, ou seja, desde 2009/10, situa-se nos 48,7 milhões, agravando-se a situação de falência técnica da SAD", alerta António Samagaio, professor do ISEG.
"Esta situação significa que o negócio não tem conseguido gerar resultados suficientes para fazer face aos recursos utilizados na actividade. Apesar de os resultados operacionais após as transacções com jogadores terem sido positivos e aumentado em 1,9 milhões euros, a actividade operacional não conseguiu gerar resultado suficiente para fazer face aos custos financeiros (juros)", acrescenta o docente. "O desempenho da Benfica SAD é semelhante ao de muitos clubes europeus que encetaram estratégias visando o aumento dos proveitos e o sucesso desportivo. No entanto, a estratégia não conseguiu impedir que os custos crescessem a um ritmo preocupante. Este contexto coloca à Benfica SAD e a outros clubes a seguinte questão central: até que ponto a estratégia de negócio seguida nas últimas épocas é sustentável financeiramente?"
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