A Bolsa de Lisboa iniciou a última sessão da semana em terreno positivo, contrariando o sentimento pessimista de ontem. A subida da Mota-Engil, acima de 2%, é a mais expressiva mas é a banca e a Jerónimo Martins que mais estão a contribuir para o ganho.
O índice de referência PSI-20 soma 0,40% para os 5.445,10 pontos, acompanhando as valorizações que se verificam nas restantes praças europeias. A expectativa de que as medidas de estímulo à economia norte-americana se mantenham, afinal, por mais tempo do que o que se pensou nas últimas semanas está a animar o Velho Continente, como o fez ontem com o S&P e Dow Jones, que nunca tinham fechado em pontuações tão elevadas.
Em Lisboa, a banca é, mais uma vez, o sector em destaque, neste período em que os analistas antecipam uma turbulência na Bolsa de Lisboa, à espera que os partidos respondam ao apelo do Presidente da República para a formação de um “compromisso de salvação nacional”.
Depois das desvalorizações de ontem, acima de 4%, os bancos estão a avançar. O BPI soma 1,75% para os 0,872 euros, o BES avança 1,68% para os 0,606 euros enquanto o BCP ganha 1,16% e está nos 8,7 cêntimos. Isto apesar de agência de notação financeira Standard & Poor’s ter cortado a notação financeira atribuída ao BCP. Nos casos do BES e do BPI, a agência manteve o "rating", bem como o "outlook" “negativo”, reflectindo o corte que a agência tinha feito à perspectiva para a dívida portuguesa há uma semana.
A Jerónimo Martins, com uma subida de 0,89%, está a negociar nos 15,875 euros e a puxar por Lisboa. A concorrente Sonae soma 1,71% para os 0,714 euros.
Nota positiva ainda para a Mota-Engil. A construtora marca a maior valorização de Lisboa, com um ganho de 2,22% para os 2,443 euros.
Em destaque pela negativa está o grupo EDP. A EDP perde 0,53% para os 2,455 euros enquanto a subsidiária para as energias verdes recua 0,28% para negociar nos 3,929 euros. A Galp Energia está a subir 0,09% para os 11,51 euros.
Fonte: JN