Ex-candidato à presidência do Sporting confessa dificuldade em compreender despedimento unilateral de Marco Silva. Zeferino Boal expressa preocupação com valores pagos a Jorge Jesus para rumar a Alvalade.
Zeferino Boal confessa "alguma dificuldade em entender" a ruptura "abrupta" e brusca que desaguou no processo de despedimento de Marco Silva por justa causa, por parte do Sporting.
O ex-candidato à presidência dos leões considera que o rumo que Bruno de Carvalho tem seguido na relação com os últimos treinadores do clube é "assustador", prevendo mesmo um choque frontal na personalidade do presidente verde e branco e do sucessor de Marco Silva, Jorge Jesus.
"Tenho alguma dificuldade em atender uma ruptura que assente só na relação entre as pessoas. Já encaixando o perfil do próximo técnico, se se confirmar o nome de Jorge Jesus, é assustador, porque são duas personalidades bem vincadas", afirma Zeferino Boal, em entrevista a Bola Branca.
O candidato que se perfilou para as eleições de 2011, em Alvalade, não entende, por outro lado, o zelo com que Bruno de Carvalho geriu o processo de rompimento com os fundos de jogadores.
E mais: confessando-se preocupado com a "revolução" na gestão desportiva e financeira do Sporting, Zeferino Boal admite que os números que envolvem a contratação de Jorge Jesus, com um salário que supera, em 50%, o que o treinador auferia no Benfica, deixam o Sporting numa posição delicada quanto ao futuro. Sabendo-se que são alguns dos principais investidores da SAD leonina a suportar os custos com a folha salarial de Jesus, a questão é esta: e se tudo correr mal?
"Para quem rompeu contratos de fundos porque entendia que eram pouco transparentes e depois surge isto, de repente, são sinais preocupantes. Por isso é que temo, em concreto, que se esteja a fazer uma revolução na gestão desportiva e financeira do clube e que depois, como os cargos são transitórios e podem ter curta duração, quem pode pagar as coisas são as instituições", completa.
fonte rr.sapo.pt