Dependendo do tipo de plástico e do local onde é armazenado, este material pode demorar centenas de anos a decompor-se. É um problema ambiental não só pelo espaço ocupado mas também porque muitos plásticos são compostos por materiais tóxicos, que acabam na cadeia alimentar humana.
No futuro, os sacos do supermercado podem ser muito mais inócuos. Um conjunto de investigadores na Metabolix, em Cambridge, nos EUA, está a modificar geneticamente gramíneas para produzirem polímeros biodegradáveis que podem ser extraídos diretamente da planta.
O MIT Technology Review diz que a empresa já produz e vende polímeros biodegradáveis. Todavia, estes são fabricados com a ajuda de bactérias que se alimentam dos açúcares de plantas, em dispendiosos fermentadores. Esta nova abordagem permitirá extrair os polímeros diretamente da gramínea, o que tornará o processo muito mais barato.
Os cientistas da Metabolix estão a introduzir genes que permitam a gramíneas, camelinas e cana do açúcar produzir polímeros. Todavia, este é um processo muito mais complicado e moroso que a produção de plásticos naturais recorrendo a bactérias. A empresa estima que será necessário levar uma gramínea a converter 10% do seu peso em polímero para que o método seja viável e competitivo relativamente a outros plásticos biodegradáveis. É um processo lento, que neste momento está na marca dos 2,3% do peso da planta.
Fonte: Exame Informática