A Semana Europeia da Mobilidade em Lisboa conta com a apresentação de um projeto inovador para a cidade e, segundo os responsáveis, à escala mundial.
Trata-se do E-Bike Sharing System, um sistema de bicicletas elétricas partilhadas que foi testado no Terreiro do Paço pelo vereador da Mobilidade, Fernando Nunes da Silva, e está disponível para utilização pelo público até 22 de setembro.
A iniciativa constitui o início dos testes de terreno para o sistema que tem vindo a ser construído com material exclusivamente nacional por um consórcio de três entidades, o Centro para a Excelência e Inovação na Indústria Automóvel (Ceiia), a TEKEVER – Tecnologias de Informação e a Prio-e.
No Terreiro do Paço e junto ao Centro Comercial das Amoreiras foram instalados os protótipos do sistema agora em teste, duas estações compostas por um totem com informações sobre o funcionamento, várias bicicletas e respetivas docas, equipamento que serve para depositar e levantar os velocípedes e tem a dupla função de fornecer energia elétrica para o carregamento.
Tornar a cidade plana
“Só digo que assim ganhava a Volta a Portugal!” Visivelmente satisfeito, o vereador Nunes da Silva regressa à estação após uma volta ao Terreiro do Paço no revolucionário velocípede, confirmando a utilidade do invento.
O vereador salienta a produção totalmente nacional deste projeto, apadrinhado pela Câmara de Lisboa, e explica que a maior inovação consiste na inviolabilidade da bicicleta, que tem a bateria no quadro e o motor na pedaleira, envolvidos por uma carnagem. “Completamente inviolável desse ponto de vista”, afirma.
Um outro ponto salientado por Nunes da Silva é a forma de carregamento, pois o ponto de entrega e de receção da bicicleta alimenta simultaneamente a bateria do velocípede. Desengane-se no entanto quem pensa que se trata de um engenho a manobrar sem qualquer esforço, pois o motor é apenas um auxiliar para tornar mais suave a pedalada e vencer as colinas da cidade. É sempre necessário pedalar, ato que ao mesmo tempo ajuda a recarregar a bateria.
Por outro lado o sistema funciona através de um software desenvolvido especificamente com o sentido de possibilitar o seu levantamento após um registo na internet ou por QR Code, permitindo ao mesmo tempo um controlo absoluto e em tempo real sobre a sua utilização e localização. “Todo o problema crítico das bicicletas públicas, que é o roubo, o desaparecimento e a logística de reposicionamento fica resolvido através de um computador”, salienta o vereador da mobilidade.
Trata-se ainda de um protótipo e por isso esta iniciativa procura aliar os necessários testes de terreno à sensibilização nesta Semana da Mobilidade, no final da apresentação a equipa está orgulhosa e confiante do projeto. “Isto torna a cidade plana, o futuro vai passar por aqui”, afirma um dos responsáveis do projeto.
Fonte: e-move