As críticas da Comissão de Defesa Nacional da Coreia do Norte marcaram a primeira repreensão do exercício militar conjunto da Coreia do Sul e Estados Unidos, que termina na sexta-feira, após dez dias de treinos.
O silêncio pouco comum de Pyongyang sobre as manobras militares conjuntas, que são habitualmente condenadas como um ensaio de guerra, tem sido justificado com as negociações em curso entre a Coreia do Norte e Coreia do Sul sobre um número de projetos transfronteiriços, escreve a AFP.
As duas Coreias concordaram em trabalhar para a reabertura do complexo industrial conjunto de Kaesong e em promover um evento para a reunião das famílias separadas pela Guerra da Coreia, travada entre 1950 e 1953.
A Coreia do Norte marcou a sua posição contra os exercícios militares conjuntos de Seul e Washington, mas sem a retórica belicista de outras denúncias similares emitidas durante a escalada de tensões entre março e abril.
A Comissão de Defesa Nacional da Coreia do Norte, órgão superior militar norte-coreano, presidido pelo líder Kim Jong-Un, acusou a Coreia do Sul e os Estados Unidos de estarem a jogar um "perigoso jogo de guerra" e a fazerem provocatórias "ameaças nucleares" contra Pyongyang.
"O clima de reconciliação duramente reconquistado enfrenta agora o desafio colocado pelos (…) governos dos Estados Unidos e da Coreia do Sul que não abandonaram a sua abordagem de confronto antiquada", indica um comunicado emitido pela agência de notícias norte-coreana KCNA.
As manobras militares conjuntas sul-coreanas e norte-americanas ensaiam uma resposta a uma invasão norte-coreana.
Embora os ensaios conjuntos decorram em cenários simulados por computador, as manobras militares envolvem mais de 80.000 tropas sul-coreanas e norte-americanas.
Fonte: NM