O Instituto para Tecnologias Criativas, nos EUA, desenvolveu um projeto com o objetivo de identificar sinais de depressão ou de stress pós-traumático através do computador. Em breve, será possível realizar uma consulta com um psicólogo que, na realidade, não existe.
Segundo a "BBC" , a "Ellie" é a terapeuta virtual deste projeto. É uma imagem transmitida por um computador.
O sistema informático deteta o modo de como os pacientes sorriem, o movimento dos olhos, o tom de voz e a linguagem corporal. Esses "comportamentos" são registados e analisados e informam a "Ellie" sobre qual a melhor forma para interagir com o paciente.
Com base em diálogos diários entre os pacientes e o psicólogo virtual, o computador apreende várias formas de reagir com diferentes pessoas.
Em breve, a "Ellie" poderá funcionar sozinha, utilizando o conhecimento fornecido por alguns dos mais importantes psicólogos do Mundo.
O investigador do projeto, Louis-Philippe Morency, foi já premiado pelo trabalho de relacionar Psicologia e movimentos faciais. Morency refere que "pesquisamos respostas emocionais ou mesmo a falta de uma resposta emocional". Acrescenta ainda que "pessoas ansiosas tendem a mexer mais com as mãos, pessoas em dificuldades, geralmente, têm um sorriso mais curto e de menor intensidade e indivíduos deprimidos desviam o olhar".
Skip Rizzo, responsável pelo departamento de realidade virtual médica do Instituto para Tecnologias Criativas, na Universidade do Sul da Califórnia, afirma que "o software não é um substituto para um profissional real, mas pode ajudar pessoas a obter o tratamento que necessitam".
Este projeto tem a colaboração de militares norte-americanos que já estiveram envolvidos em guerras no Iraque e no Afeganistão.
"Existe um tabu entre soldados que, muitas vezes, hesitam em falar dos seus problemas", afirma Rizzo. "Um aconselhamento virtual talvez alivie essa relutância".
JN