O estudo, coordenado pelo docente Daniel Sá, demonstra que será o espectador de sofá o maior contribuinte para o total das receitas. Entre cervejas e snacks, estima-se que os cerca de 4 milhões de telespectadores gastem 6,9 milhões de euros.
Menos de metade, 2,3 milhões de euros, é o valor que o IPAM estima que o jogo gere em receitas diretas, o mesmo é dizer apenas 15 por cento do valor global. Nesta categoria estão os proveitos relacionados com a organização do jogo, sendo as receitas de bilheteira (um milhão de euros), os direitos televisivos (800 mil euros) e os gastos de restauração no interior do estádio da Luz (300 mil euros), os factores que mais devem contribuir para as receitas diretas.
Um quarto do impacto económico total (3,9 milhões de euros), deverá ser gerado na restauração. Uma vez que o jogo não será transmitido em canal aberto, espera-se que muitos adeptos se desloquem a cafés e restaurantes, pelo que as receitas vão beneficiar, segundo o estudo do IPAM, empresas de catering, transportes, hotelaria, cafés, restaurantes, segurança, limpeza, casas de apostas, gasolineiras, concessionários de auto-estradas, marcas desportivas, cervejeiras, hipermercados, entregas de comida ao domicílio e tabaqueiras.
Apesar do valor significativo de 14,5 milhões de euros, o estudo indica que o Benfica-Sporting de domingo irá gerar menos 5,5 milhões do euros do que o Benfica-FC Porto realizado em dezembro de 2009. Daniel Sá, responsável pelo estudo, explica os motivos desta diferença. “Teoricamente, e ao prender as atenções de benfiquistas, sportinguistas mas também portistas, era de esperar que o Benfica-Sporting superasse os 20 milhões de euros do Benfica-FC Porto de 2009/10. Mas o estudo tem em consideração a realidade social e económica do país, nomeadamente o fator relacionado com o poder de compra da população e é a isso que se deve a quebra das receitas indiretas”.
Fonte: Record