De acordo com o Boletim Estatístico do Banco Central, o total da dívida das administrações públicas atingiu os 214 573 milhões de euros nos primeiros seis meses de 2013. Em dezembro de 2012, estava situada em 123,8%, passando para os 127,1% em março deste ano e tendo agora subido para os 131,4%.
A troika impõe uma meta à dívida, sendo que esta não pode ultrapassar os 122,9% do PIB, que, de acordo com os dados do Banco de Portugal, parecem já estar comprometidos.
Mas as Finanças contam com um valor mais baixo para este período. Em comunicado, o ministério tutelado por Maria Luís Albuquerque afirma que "a dívida excluindo depósitos da Administração Central, um indicador também publicado pelo Banco de Portugal, fixou-se em 118,4% do PIB no final de junho de 2013".
Adiantam ainda que "para além do natural aumento relacionado com o financiamento do défice orçamental, existe um factor específico a ter em consideração: o saldo de disponibilidades de Tesouraria aumentou cerca de 3 pontos percentuais", um aumento com "impacto apenas temporário na evolução da dívida, uma vez que será em grande medida revertido com a amortização" das obrigações a 15 anos, emitidas em setembro de 1998, pelo governo de António Guterres, e que vencem a 23 de setembro e pelas quais os investidores cobraram um juro de 5,45%. O valor a pagar é 5.6 mil milhões de euros.
O ministério diz, por isso, que "a evolução deste indicador está assim em linha com o previsto".
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