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É obrigado a avisar polícia antes de fazer sexo, mesmo estando inocente

Um homem que foi condenado a uma pena que o obriga a notificar a polícia, 24 horas antes de fazer sexo, perdeu a batalha judicial que travava para ver a ordem de restrição levantada, noticia a BBC.

Apesar de John O’Neil ter sido declarado inocente da acusação de uma alegada violação no ano passado, o britânico de 45 anos foi considerado um risco para a sociedade e foi-lhe atribuída uma ordem de restrição sexual, baseada em comentários que terá feito a enfermeiras em 2014.

John O’Neill descreveu a sua última audiência como um "dia completamente humilhante", depois de o juiz ter determinado que a sua ordem só iria ser alterada numa audiência no próximo mês.

Já o juiz afirmou em tribunal que encontrou em O’Neil traços de alguém vaidoso, manipulador e arrogante, "que procura convencer-me que o preto é de facto branco", além de "narcisista", tendo negado para já a alteração da restrição.

Desapontado com o desfecho da audiência, Jonh O’Neil disse à BBC que espera que a ordem acabe por ser alterada, para que, finalmente, possa arranjar emprego e ter uma vida normal.

"Não tenho casa, não posso trabalhar, não posso reclamar apoios sociais, preciso de voltar a entrar na sociedade de qualquer forma", desabafou o consultor, que também tem restrições ao uso de internet. Atualmente vive numa tenda na floresta.

A medida polémica, tomada em 2015, foi ditada por juízes do tribunal de York, no Reino Unido, e obriga o homem a reportar a intenção de qualquer atividade sexual à polícia, informando ainda todos os detalhes quanto à parceira. Os termos da restrição de O’Neil serão debatidos novamente a 22 de setembro.

IN:NM

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