Para todos aqueles que se perguntam sobre a origem da vida e de tudo o que existe, o pessoal do canal StormCloudsGathering do YouTube criou um o vídeo abaixo, que explica de maneira simples e bem filosófica o que é o Universo, e em menos de três minutos. Infelizmente, o original está em inglês, mas encontramos uma versão legendada em espanhol que pode facilitar um pouco a compreensão; mesmo assim, incluímos a explicação a seguir:
Segundo o clipe, o conceito de que a energia é algo que não se pode criar ou destruir foi estabelecido pela famosa equação de Einstein “E=mc2” e, mais tarde, confirmado por diversos experimentos. Assim, se a energia sempre existiu e continuará existindo eternamente, isso significa que o nosso conceito de tempo — no qual tudo tem um princípio e um fim — está incorreto.Com base nesse raciocínio, podemos concluir que as teorias científicas que tratam sobre a origem do Universo não estão descrevendo a origem da energia, mas sim uma expressão específica dela. A ciência traça a origem do Universo a um estado chamado Singularidade, no qual o tempo e o espaço não existem. E como não podemos nos referir a esse estado como sendo anterior ou posterior a nada, então a singularidade é o agora.
Física moderna
A premissa básica da física moderna dita que o tempo não pode existir sem o espaço. Ambos formam um único “bloco”, pois é impossível que um corpo se mova no espaço sem se deslocar no tempo. Mas como o tempo não existe na singularidade, isso significa que o espaço também não existe nela. E voltando ao conceito de que a energia não pode ser criada ou destruída, então toda a energia que existe, existe na singularidade.
Portanto, como na singularidade não há espaço ou tempo e toda a energia que existe se encontra nela, isso significa que esses elementos fazem parte de um único campo unificado e sem fronteiras, que não pode ser dividido ou separado. E essa é a explicação do que é o Universo e a essência do que somos.
Na vida real…
Por outro lado, apesar disso, essa separação existe e o Universo relativo também. Afinal, como explicar que duas pessoas possam se sentar e conversar quando elas são a expressão de um único campo invisível de energia? Uma forma de explicar essa questão é imaginar um vídeo game no seu computador. Todos os personagens que estão perambulando no jogo fazem parte de um único programa, e a separação espacial que existe entre eles é ilusória.
Além disso, o tempo transcorrido para os personagens está baseado em possibilidades pré-determinadas, e todas as interações — assim como os resultados delas — são criadas a partir da forma como o tempo foi codificado e armazenado no seu computador. Já na vida real, todas as possibilidades e probabilidades codificadas estão armazenadas na singularidade, ou seja, a singularidade seria equivalente ao joguinho do seu computador.
Desta forma, em vez dos pixels do game se mostrando de maneira bidimensional, teríamos todo o desenrolar do Universo em quatro dimensões, com matéria, tempo, espaço e energia no lugar dos pixels.
Liberdade de escolha
Isso não significa que as nossas vidas tenham sido pré-determinadas ou que a liberdade de escolha não exista, mas sim que todas as possibilidades — e os resultados de nossas interações — coexistem ao mesmo tempo. E ao longo do tempo podemos escolher entre as probabilidade e possibilidades que se apresentam, e as nossas vidas são uma expressão dessas escolhas.
As nossas escolhas nem sempre são racionais ou construtivas, mas sim uma espécie de reflexo distorcido da nossa essência. E, se em vez de nos vermos como indivíduos completamente isolados no Universo passássemos a nos enxergar como parte de um único campo de existência, como é que isso influenciaria a maneira como interagimos?
Como é que trataríamos as outras pessoas se entendêssemos que tudo o que fazemos aos demais significa que estamos fazendo a nós mesmos? E você, leitor, já parou para pensar em tudo isso?
in StormCloudsGathering via tecmundo