Gerald Foos comprou o Manor House Hotel nos anos 60 e durante 29 anos administrou o estabelecimento, juntamente com a mulher, Donna. Mas se a privacidade é um valor preservado em muitas instalações turísticas do mundo, no Manor House essa era a última coisa que os clientes tinham.
Segundo revelou agora a revista "New Yorker", Foos instalou falsas grelhas de ventilação em alguns quartos, para que pudesse espiar os clientes a fazer sexo a partir do sótão. Nestes momentos que considerava serem de investigação, poderá mesmo ter observado um homicídio.
Segundo relata o jornalista Guy Talese, que está a preparar um livro sobre o caso, Foos masturbava-se ou tinha relações sexuais nesse sótão, enquanto observava o que se passava nos quartos, onde instalava propositadamente as pessoas mais novas e mais atraentes.
Em 1980, o proprietário do Manor House Hotel enviou uma carta a Talese, revelando que tinha observado e estudado, nos 15 anos anteriores, "relações não ensaiadas e fora do laboratório entre casais, bem como desvios sexuais". Na missiva, apelidava-se de "o voyeur".
Quando vendeu o motel em 1995, Foos tinha compilado centenas de páginas de anotações sobre tendências sociais observáveis a partir do seu sótão, como o crescimento do número de relações sexuais entre "casais inter-raciais".
Só em 1973, Foos testemunhou 185 orgasmos masculinos e 33 orgasmos femininos, revela o jornalista Guy Talese, que se chegou a acompanhar Foos nas observações. Em 2013, Foos autorizou que a sua história fosse contada, pedindo para que fosse recordado como um "investigador pioneiro do sexo".
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