A poluição atmosférica poderá implicar taxas mais altas de suicídio, segundo uma pesquisa da Universidade do Utah, coordenada por Amanda Bakian. O estudo avaliou mais de 1.500 suicídios daquela de Salt Lake County e concluiu que, quanto mais elevada é a poluição atmosférica, maiores são as probabilidades de alguém tentar suicidar-se.
Segundo Bakian e os seus colegas, as percentagens de tentar cometer suicídio naquela área subiram 20% nos três dias seguintes a elevados níveis de dióxido de nitrogénio – que é produzido quando os combustíveis fósseis são queimados e após o fertilizante ser aplicado nos campos.
De acordo com o Pacific Standard, o estudo concluiu ainda que os habitantes do Utah têm 5% de maiores probabilidades de se tentarem suicidar depois de respirarem três dias seguidos de ar com elevados níveis de partículas inaláveis.
Este não é o primeiro estudo, porém, que liga a poluição atmosférica às taxas de suicídio – pesquisadores da Coreia do Sul e Taiwan já o tinham feito. Mas é a primeira vez que esta questão é abordada nos Estados Unidos.
O relatório ainda não foi tornado público, mas os investigadores fizeram uma pequena apresentação na American Association of Suicidology, na última sexta-feira. Parece um argumento de um livro de Stephen King, mas, se calhar, deveríamos começar a pensar melhor nestas associações.
Fonte: Greensavers.pt