Os anfíbios, com a sua pele permeável, delicadas membranas e nativos de habitats semiaquáticos, têm sido considerados bioindicadores. Estes animais são geralmente os primeiros a sentir pressões ambientais e são capazes de fornecer sinais de alerta para a saúde geral dos ecossistemas – más notícias para as salamandras ou para os sapos significam problemas para as restantes formas de vida.
E eis que um novo estudo alarmante. Cientistas do Geological Survey descobriram que os anfíbios nos Estados Unidos estão a desaparecer tão rapidamente que podem mesmo extinguir-se em metade dos seus habitats, nos próximos 20 anos.
O estudo de nove anos descobriu ainda que as espécies ameaçadas podem morrer em apenas seis anos. Os cientistas descobriram que as populações de anfíbios estão a desaparecer, em média, a uma taxa anual de 3,7%. Embora não pareça um enorme valor, é na verdade um grande motivo para alarme.
Espécies identificadas como ameaçadas de extinção, vulneráveis e quase ameaçadas estão a morrer a um ritmo muito mais acelerado, com uma taxa de 11,6%, revela o Inhabitat.
Mesmo as espécies que vivem em áreas mais protegidas, como refúgios e parques, estão em declínio. Aqui o fenómeno é particularmente preocupante porque sugere factores que transcendem as condições do habitat – como doenças, contaminantes ou a ocorrência de secas.
Apesar de a equipa não se ter debruçado em causas específicas para este fenómeno, uma série de estudos anteriores aponta como culpados as alterações climáticas, doenças, a perda de habitat e espécies invasoras. Os anfíbios são elementos valiosos nos seus ecossistemas enquanto eliminadores de pragas e limpadores das bacias hidrográficas. A sua perda representa um grave desequilíbrio na biosfera e é um poderoso alerta acerca do rumo do planeta.
Fonte: Greensavers.pt