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Euribor mantém mínimo histórico a seis meses

As taxas Euribor mantiveram-se hoje inalteradas em três, seis e 12 meses, tendo subido a nove e descido a um mês, depois do presidente do Banco Central Europeu ter deixado a porta aberta para novas descidas da taxa de juro e da taxa de remunerações dos depósitos feitos no BCE.
A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal como indexante ao crédito à habitação, manteve-se no valor mais baixo de sempre registado sexta-feira, ou seja, 0,302%. A decisão e as palavras de Mario Draghi foram os responsáveis pelo valores registados, numa taxa que não sobe desde Abril.

Nas maturidades mais longas, de nove e 12 meses, apenas se registou uma alteração na primeira, que subiu 0,01 pontos base para 0,398, de acordo com a fixação diária da Federação Europeia de Bancos. A 12 meses a taxa manteve-se em 0,490%.

Nos prazos mais curtos, em que as taxas estão já em níveis reduzidos, apenas a taxa a um mês registou alterações. A Euribor a um mês desceu 0,01 pontos base para 0,112%, ao passo que a maturidade a três meses manteve o valor registado ontem de 0,202%.

Todos os principais prazos das Euribor estão abaixo da taxa de juro de referência de 0,5%, o valor actual depois do corte de 25 pontos base levado a cabo por Mario Draghi. O presidente do Banco Central Europeu (BCE) não surpreendeu com este corte, que já era esperado pelos economistas, mas deu a entender que podem ocorrer novas reduções do preço do dinheiro. “Vamos olhar para todos os dados e observar com atenção todos os desenvolvimentos. Estamos preparados para actuar, se necessário”, disse Draghi.

A descida dos juros deverá proporcionar um maior alívio nas taxas da dívida de países como Portugal, mas além do Estado, terá também impacto no sector empresarial, podendo contribuir para dinamizar a actividade de concessão de crédito. As famílias têm a garantia de que continuarão a pagar juros reduzidos no crédito à habitação. Qualquer nova descida terá, no entanto, pouca expressão.

No que diz respeito aos créditos indexantes às taxas interbancárias, o impacto deverá ser pouco acentuado, dado que as Euribor estão já em valores bastante baixos. Contudo, a decisão de quinta-feira garante que os juros a pagar continuarão a ser reduzidos.
JN

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