Apesar de não ter sido admitido pelo presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mário Draghi, o corte da taxa de juro diretora do BCE "é uma forma de estimular o consumo, sustentando a recuperação económica e contribuindo para o aumento da inflação, que se encontra numa trajetória descendente", de acordo com a análise de Mercados feita à Lusa por Ramiro Loureiro, do Millennium investment banking.
O analista antecipa que a de inflação, cujos dados serão conhecidos na sexta-feira, deverá ter atingido os 0,7% em outubro, cada vez mais abaixo da meta dos 2%.
Para Portugal, o analista antecipa que os dados da inflação relativos a outubro deverão demonstrar que o IHPC teve uma subida homóloga de 0,3% em setembro.
Na Alemanha, os dados deverão revelar uma descida da inflação homóloga em 30 pontos base para 1,3%, e no Reino Unido, a inflação homóloga deverá descer 20 pontos base para 2,5%.
A evolução do PIB do terceiro trimestre da zona euro que, segundo Ramiro Loureiro, deve mostrar uma expansão de 0,2%, ainda que com quebra homóloga de 0,3%, deverá marcar o comportamento dos mercados na quinta-feira, dia em que serão também conhecidos os dados do PIB de Portugal e Alemanha.
Destaque ainda para as vendas a retalho no Reino Unido (aguardado crescimento homólogo de 3,1% no mês passado).
Também na zona Euro, na quarta-feira serão divulgados os dados da produção industrial, que deverá ter contraído em setembro, estagnando em termos homólogos.
Fora da área do euro, serão conhecidos no mesmo dia as vendas a retalho no Brasil que deverão apresentar um crescimento de 4,7% em termos homólogos no mês de setembro. No Japão serão divulgados os dados de evolução do PIB (a economia deve ter crescido 0,4% no 3º trimestre em relação ao período antecedente).
Um dia depois, nos Estados Unidos serão apresentados os habituais pedidos de subsídio de desemprego e o saldo da Balança Comercial de setembro.
Na dívida pública, a Alemanha financia-se na segunda-feira nos mercados em colocações de dívida de curto prazo. Na terça-feira, será a vez de Itália, França e Grécia.
Por fim, na quarta-feira, Alemanha e Itália voltam a fazer emissões de títulos de dívida, mas de longo prazo.
Fonte: NM