"Tem que se combater os artifícios que levam a que os consumidores caiam no logro, convencidos de que fazem o contrato da sua vida, quando na verdade é ruinoso", afirmou à agência Lusa o presidente da APDC, Mário Frota, lembrando que a celebração do Dia Mundial do Consumidor, dia 25, foca-se, este ano, em atividades sobre os direitos dos consumidores de comunicações móveis.
Os trabalhadores dos operadores "têm que ganhar comissões a partir da assinatura de contratos e por isso usam todas as patranhas para levar o consumidor a assinar", criticou.
Mário Frota salientou que "a generalidade das pessoas não sabe que, a partir de ações consequentes nos Tribunais Arbitrais de Consumo, pode-se obter uma justiça eficiente, com baixos custos e não morosa", exemplificando que na instância do Porto "os conflitos resolvem-se em seis semanas".
Com "o receio das delongas nos tribunais regulares, as pessoas deixam de pugnar pelos seus interesses e direitos, permitindo que as agressões dos operadores se perpetuem", explicou.
Parte da culpa, segundo o presidente da APDC, é do "Estado, que não exerce as necessárias ações de divulgação".
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