Enganar os outros é a vida dele. Depois de se ter feito passar por padre, em paróquias de Barcelos, Trofa e Felgueiras, e de ter sido condenado por duas vezes; Agostinho Caridade também disse ser, no verão do ano passado, pai de um rapaz deficiente, pedindo dinheiro para um hipotético tratamento em Cuba.

Em vez de se identificar como padre, como era habitual, Caridade apresentou-se como Vítor, na Igreja da Senhora-a-Branca, em Braga, e conquistou a simpatia e a compaixão das pessoas, que não se cansaram de contribuir para o tratamento médico do familiar, em Cuba.

Como não havia filho, e muito menos tratamento, passaram-se meses sem notícias do tal "Vítor", que até se dirigia aos fiéis, no final da missa, a agradecer a generosidade.

Por estes dias, depois de ter voltado a celebrar missa numa paróquia da diocese de Aveiro, onde furtou um cálice e duas píxides, voltou a apresentar-se em Braga, mas as coisas não correram tão bem.

Roubou duas imagens de grande valor, mas foi detetado pelo sacristão quando as tentava vender a um antiquário. Conseguiu fugir antes de chegar a polícia, que tem várias queixas contra ele.

CM