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FC Porto: contratos longos limitam revolução no balneário

FC Porto: contratos longos limitam revolução no balneário

Há muitas mudanças definidas pela SAD; vendas, dispensas e necessidade óbvia de acertar nas contratações; à frente de tudo isto está o nome do futuro treinador

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«Vergonha» em Sevilha, hecatombe no Estádio da Luz, sinal de alarme acionado com urgência. A última semana do FC Porto arrasou os derradeiros e resistentes sinais de competitividade.

O quadro, já anteriormente preocupante, obriga a SAD a repensar estratégias e abraçar a transformação.

A principal mudança residirá no cargo de treinador. Na cúpula azul e branca o dossier é tido por prioritário e merece total secretismo. Luís Castro, pese o bom trabalho efetuado, não continuará à frente da equipa, ao que sabe o Maisfutebol.

Este não é, porém, o único foco de preocupação. Como tem sido facilmente constatável, a resposta da esmagadora maioria dos jogadores só pode ser classificada como dececionante.

Alguns por evidentes limitações, outros por incapacidade de lidar com a responsabilidade, mais alguns por contágio ou conformismo. Um cenário de preocupante pobreza e a autorizar importantes acertos.

O Maisfutebol fez um rigoroso levantamento sobre o final dos contratos de todos os atletas, baseado nas informações oficiais do FC Porto. A duração dos mesmos pode limitar a revolução pretendida e defendida por alguns dos responsáveis da SAD, mas a tal transformação é inevitável.

Concorrência para os laterais e um novo central

No quadro de guarda-redes, a situação de Helton influenciará todas as decisões. Como estará depois desta grave lesão e já com 35 anos? Fabiano, Kadú e Bolat (emprestado ao Kayserispor) têm todos acordo de trabalho por duas ou mais épocas.

A necessidade de vender é evidente e no centro da defesa há um nome destinado ao mercado de transferências: Mangala. Maicon, Reyes e Abdoulaye têm vários anos de contrato, mas as péssimas exibições do senegalês tornaram-no dispensável.

O mexicano ainda treme com facilidade, como ficou evidente na Luz, e o brasileiro não se consegue impor em definitivo, seja por problemas físicos ou opções técnicas [Abdoulaye ultrapassou-o, mal chegou de Guimarães].

O lote de laterais terá de ser forçosamente reforçado. Danilo e Alex Sandro, atletas caro, têm sido dos piores ao longo da época. A concorrência é inexistente e potencia os estados de descontração excessiva. Atenção a Victor Garcia, que tão boa conta deu do recado na chamada em Braga.

Sai Fernando, sai Jackson, será Quaresma e mais dez

Mais à frente, no meio-campo, a transação de Fernando é um dado praticamente adquirido. Dos restantes cinco centrocampistas, nenhum tem lugar garantido no desenho para a próxima temporada. No caso de Defour, um bom Mundial pode ajudar a uma saída airosa.

O mesmo se aplica a Silvestre Varela. Aos 29 anos, ou sai este verão e permite um encaixe financeiro interessante, ou nunca mais sai. Quaresma e o menino Ricardo são as únicas certezas nos extremos para a próxima campanha.

Resta falar dos pontas-de-lança. Jackson não renovou até agora e já não o deverá fazer. Se sair, como se supõe, fica apenas Ghilas.

Equipa B: está na hora de promover quem merece

Assim, num exercício relativamente rápido, chega-se a uma conclusão simples. O FC Porto precisará de sangue fresco e, acima de tudo, qualidade. Imediata. O período da tentativa/erro deixou de fazer sentido depois de tantos e tão retumbantes falhanços.

Será desta que dois ou três componentes da equipa B merecerão uma oportunidade séria? Victor Garcia, Tiago Ferreira, Rafa, Tozé, Pedro Moreira e Gonçalo Paciência justificam-na.

A abordagem terá de ser meticulosa e certeira. Não há outro remédio. A derrota terá de voltar a ser o fim do mundo. Como as coisas estão, perder até parece que já nem custa.

Para o fim, uma imagem: Eliaquim Mangala, a cumprir o terceiro ano no clube, enverga a braçadeira de capitão. Isto é capaz de ser mais importante do que aparenta.

Idade e final dos contratos:

PLANTEL PRINCIPAL

Guarda-redes

Helton: 35 anos, até 2015
Fabiano Freitas: 26 anos, até 2016
Kadú: 19 anos, até 2017

Defesas

Danilo: 22 anos, até 2016
Diego Reyes: 21 anos, até 2018
Mangala: 23 anos, até 2016
Maicon: 25 anos, até 2017
Abdoulaye: 23 anos, até 2016
Alex Sandro: 23 anos, até 2016

Médios

Fernando: 26 anos, até 2017
Steven Defour: 26 anos, até 2016
Josué: 23 anos, até 2017
Juan Quintero: 21 anos, até 2017
Carlos Eduardo: 24 anos, até 2017
Héctor Herrera: 24 anos, até 2017

Avançados

Silvestre Varela: 29 anos, até 2016
Ricardo Quaresma: 30 anos, até 2016
Kelvin: 20 anos, até 2016
Licá: 25 anos, até 2017
Ricardo: 20 anos, até 2018

Jackson Martinez: 27 anos, até 2016
Nabil Ghilas: 24 anos, até 2017

EMPRESTADOS

Sinan Bolat: 25 anos, até 2018
Rolando: 28 anos, até 2015
Marat Izmailov: 31 anos, até 2015
Castro: 26 anos, até 2015
Djalma: 26 anos, até 2016
Juan Iturbe: 20 anos, até 2016
Walter: 24 anos, até 2015
Tiago Rodrigues: 22 anos, até 2018
Mauro Caballero: 19 anos, até 2018

EQUIPA B

Até junho de 2017: Tomás Podstawski, Joris Kayembe, Gonçalo Paciência, Tozé e Rafa;

Até junho de 2016: Victor Garcia, Pedro Moreira, Frederic Maciel, Kléber, Bruno Silva, Quiñones, Leandro Silva;

Até junho de 2015: Stefanovic, Tiago Ferreira, Mikel, Ivo Rodrigues e André Silva;

Até junho de 2014: Pavlovski, Fucile, Caio, Ricardo Matos, Ricardo Tavares e David Bruno.

in maisfutebol

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