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FC Porto: inevitável sensação de descontrolo

FC Porto: inevitável sensação de descontrolo

Passaram quatro dias de Braga, Lopetegui ainda tentou virar as coisas a seu favor, mas falhou precisamente no que estava ao seu alcance.

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Duas expulsões.

Um dirigente a ter de ser agarrado por Helton.

Queixas de Lopetegui, com ameaças de não voltar do intervalo. Pinto da Costa, qual pai-babado, a dizer no final o quanto orgulhoso estava do seu treinador.

O FC Porto resistira com nove. Não perder é resistir, porque dois em campo fazem muita falta, claro. E os dragões até tiveram as suas oportunidades, prova da qualidade do plantel de que dispõe o técnico espanhol.

Cosme Machado não é um árbitro excelente.

Pronto, nem bom. Comete demasiados erros e em quase todos os jogos. Mas terá havido assim tantas razões de queixa?

Reyes teve duas entradas por detrás. Na segunda, à entrada da área, o adversário vira-se e, se não tivesse sido derrubado, podia rematar ou seguir para a baliza. Até aqui dois amarelos justificados. Podemos discuti-los, mas entende-se o critério. O vermelho a Evandro foi disparatado? Com o adversário no chão, o médio portista não pode fazer aquilo, a bola não está exposta. Já os penáltis são parecidos, é um pelo outro. Eventualmente, terá ficado um vermelho por mostrar a um jogador do Sp. Braga. E pronto.

Tudo somado, justifica tanto fumo ao intervalo e no final?

Depois, o FC Porto tentou virar a situação a seu favor, numa semana complicada, com a visita aos Barreiros. O discurso de Lopetegui apontou nesse sentido. O espanhol avisou:

«Vai ser um jogo diferente do que o Benfica teve»

«Temos de fazer mais do que os outros para ganhar»

A questão das arbitragens esteve sempre presente no discurso do treinador espanhol. Quando as coisas não correm bem, não tem dúvidas: atira para ohomem de preto. Se o encontro com o Marítimo começou mal, com as ameaças inacreditáveis de adeptos, no sábado, ao árbitro João Capela, hoje tudo correu pior ao FC Porto.

Sofreu-se um golo por não conseguir proteger a zona central da sua área.

Falharam-se golos a dois passos de Salin.

Acertou-se no poste.

Saiu-se inúmeras vezes com pontapés para a frente, passando por cima da primeira fase de construção.

Começou-se com o chuveirinho a partir da hora de jogo.

No meio de tantas coisas erradas, reconhecidas pelo treinador, este ainda encontrou um penálti não assinalado!

O FC Porto pode ficar muito longe do Benfica, se os encarnados não vacilarem em Paços, mas mesmo que vacilem e lhes aconteça o mesmo que ao rival, os dragões continuam por provar o erro da teoria de que se dão mal com jogos decisivos ou mais intensos.

Em vez de se preocupar tanto com os inimigos externos, Lopetegui deveria tentar resolver os que estão mesmo ao seu alcance. Internos. Ou, se preferirem, as falhas próprias.

Braga foi há quatro dias. E, desde então, não se apagou essa inevitável sensação de descontrolo.

in maisfutebol

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