A Renault foi a marca escolhida para equipar a primeira frota de táxis 100% eléctricos a operar em Portugal. Vinte unidades do modelo Renault Fluence Z.E. vão ser entregues a profissionais do sector, no âmbito de um protocolo entre a Câmara de Municipal de Lisboa, a Associação Nacional dos Transportes Rodoviários em Automóveis Ligeiros e a Federação Portuguesa de Táxi. Os baixos custos de utilização – comparativamente às “tradicionais” viaturas equipadas com motores Diesel – e, as vantagens ambientais para a cidade, determinaram a opção pelo modelo da Renault. Lisboa passa assim a deter uma das maiores frotas de táxis 100% eléctricos do mundo!
O fenómeno dos automóveis eléctricos não pára de aumentar e dias depois da Aliança Renault-Nissan ter ultrapassado a barreira das 100.000 viaturas eléctricas vendidas em todo o mundo, a Renault Portugal orgulha-se de fornecer a primeira frota de táxis 100% eléctricos de Portugal. Vinte unidades do modelo Renault Fluence Z.E. vão passar a percorrer as ruas de Lisboa, naquela que será uma das maiores frotas de táxis zero emissões do globo. Ou seja, Portugal vai passar a dar um importante contributo para o incremento de números como os 841 milhões de quilómetros já percorridos pelos modelos eléctricos da Aliança e os 53 milhões de litros de combustível e os 124 milhões de emissões de CO2 poupados no planeta.
Como admite Miguel Oliveira, Director de vendas a frotas da Renault Portugal, «é com justificado orgulho que a Renault está envolvida nesta operação. A primeira frota de táxis eléctricos do país vai assentar no modelo Fluence Z.E. e, simultaneamente, a cidade de Lisboa vai poder orgulhar-se de ter, ao seu dispor, uma das maiores frotas de táxis eléctricos do mundo. No fundo, um importante passo para uma cidade ainda mais sustentável do ponto de vista ambiental e uma das grandes referências mundiais em mobilidade eléctrica».
Ainda segundo Miguel Oliveira, «com esta parceria, a Renault demonstra que os automóveis eléctricos assumem-se como uma verdadeira solução de mobilidade. Recordo que, durante alguns meses, os Renault Fluence Z.E. foram sujeitos a testes reais por taxistas. E não houve dúvidas: os automóveis eléctricos servem os interesses até de uma actividade tão exigente e intensa como a de taxista. E é preciso ter em conta que os profissionais não fariam uma aposta destas, se não fosse fiável e economicamente viável».
Já o vereador do Pelouro da Mobilidade e Infra-estruturas Viárias da Câmara Municipal de Lisboa, Professor Fernando Nunes da Silva, salienta que «a celebração deste protocolo vem mostrar que, mesmo numa situação de crise aguda, é possível encontrar soluções para os problemas de renovação da frota dos táxis, desde que se saiba o que se pretende e todos participem e sejam parte activa na definição dessas soluções. A mobilidade eléctrica tem, sem dúvida, ainda um longo caminho a percorrer até que ocupe um lugar dominante no sistema de transportes. Por isso mesmo é que as entidades públicas e os operadores de grandes frotas têm um papel ainda mais importante na consolidação desta tecnologia, ajudando a criar a massa crítica necessária à comercialização de novos produtos e à continuação da inovação neste domínio».
Para Carlos Ramos, presidente da Federação Portuguesa do Táxi, «a cidade de Lisboa apresenta níveis de poluição atmosférica particularmente elevados, em grande parte resultantes da concentração de tráfego automóvel. O sector dos transportes públicos, pela sua dimensão, assume um peso relevante, em que avulta também o sector táxi, com as suas 3.500 viaturas, e os mais de 600.000 km percorridos diariamente, com um consumo provável de 50 toneladas de gasóleo. As intervenções neste sector tendentes a reduzir a sua contribuição poluente revestem-se, assim, de impacto significativo».
Ainda segundo o mesmo responsável, «com este protocolo asseguramos a introdução de 20 viaturas eléctricas, substituindo 20 viaturas térmicas das mais antigas, que serão objecto de abate. As políticas de incremento da mobilidade sustentável devem ser reforçadas para que o futuro seja ainda melhor. A Federação Portuguesa de Táxis tem bem a noção do peso da responsabilidade de defender um sector que precisa de ser mais rentável e, em simultâneo, mais amigo do ambiente. Mas aceitamos o desafio. Neste caso, agradecemos à Renault Portugal e à PRIO por serem nossos parceiros e esperamos que este exemplo se multiplique por todo o país».
Já o presidente da ANTRAL faz questão de sublinhar que «há vários anos que defendemos a introdução de automóveis eléctricos nas nossas frotas». Para Florêncio de Almeida, «a iniciativa do município de Lisboa deve ser louvada. Esperemos que, no futuro, as condições possam ainda ser melhores, de modo a que outros profissionais ponderem adquirir táxis eléctricos».
Fonte: e-move