O ministro dos Negócios Estrangeiros da França, Laurent Fabius, diz que «não há dúvida de que o governo da Síria usou sarin durante a crise do país», cita a BBC News. Os testes de laboratório realizados em Paris confirmaram, esta terça-feira, a utilização do gás.
Segundo avançou o Guardian, o Ministério britânico dos Negócios Estrangeiros também já veio confirmar que os fluidos corporais, recolhidos de vítimas de vários ataques no país por jornalistas franceses, continham vestígios de sarin.
«As análises demonstram a presença de gás sarin nas amostras em nossa posse. Perante esta prova, a França acredita que o gás sarin foi usado na Síria várias vezes e de forma localizada. Decidimos informar a missão da ONU da prova que temos em nossa posse, imediata e publicamente. Seria intolerável que os culpados destes crimes ficassem impunes», rematou Fabius.
A Casa Branca reagiu à declaração de Fabius, dizendo que são necessárias mais provas, uma vez que os testes não especificam onde foi detetado o sarin e como foi este utilizado.
A ONU já tinha avançado, há várias semanas, que havia «motivos razoáveis» para acreditar que estavam a ser usadas armas químicas. No mesmo relatório são descritas ações que Ban Ki-Moon, o secretário-geral da ONU, descreveu como «atrocidades».
O sarin é um gás de um grupo de agentes nervosos inventado por cientistas alemães como parte dos preparativos de Hitler para a II Guerra Mundial.
Durante a Guerra Fria as duas superpotências – EUA e URSS – criaram enormes reservas de sarin, por ser mais mortal que o cianeto e mais barato do que a bomba atómica, ainda que capaz de matar um grande número de pessoas com uma quantidade mínima de produto.
Uma gota do tamanho de uma cabeça de alfinete consegue matar uma pessoa, paralisando o sistema nervoso.
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