A investigação aprofundada da Autoridade da Concorrência (AdC) à fusão entre a Zon e a Optimus, noticiada hoje pelo Económico, é inevitável e deverá atrasar a luz verde à operação pelo menos até ao final de Setembro, disse o BPI, numa nota de ‘research’ citada pela Reuters.
A casa de investimento refere que "este cenário é inevitável, dado o historial da Autoridade da Concorrência nestas matérias", referiu o BPI na nota diária.
"O processo apenas estará concluído no final de Setembro, na melhor das hipóteses, embora os habituais pedidos de informação adicional possam arrastar o assunto durante mais algum tempo".
O banco espera, contudo, que a fusão esteja concluída até ao final do ano.
Também o Millennium IB defendeu numa nota de hoje que "já considerávamos como mais provável o cenário de investigação aprofundada por parte do regulador, dada a dimensão e visibilidade da operação; o nosso modelo já incorpora a conclusão da fusão apenas em Setembro".
O banco acrescenta ainda que "a demora na análise do regulador adia o lançamento de uma oferta 4-Play combinada dos 2 operadores; a Zon contornoueste obstáculo lançando um 4-Play utilizando a rede da Vodafone (contrato MVNO) garantindo a competitividade das suas ofertas no mercado".
As acções da Zon foram penalizadas com esta informação, que o BPI justifica com o mercado a reagir de forma negativa a esta notícia porque se esperava uma concretização mais rápida. As acções da Zon seguiam a perder 2% para 3,75 euros por título.
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