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Gil Vicente 0 – Sporting 2

Há oito anos e dez meses que o Sporting não sabia o que era ser líder isolado do campeonato mas este domingo, em Barcelos, os leões descobriram novamente o caminho para estarem sozinhos no primeiro lugar após vencerem o sensacional Gil Vicente por 2×0.

Apesar de à entrada para esta jornada o Gil Vicente mostrar números semelhantes aos grandes nos jogos em casa (só vitórias e um empate) os comandados de Leonardo Jardim não se atemorizaram e conquistaram os três pontos, infligindo a primeira derrota à formação orientada por João de Deus no Estádio Cidade de Barcelos.

O oportunismo e o faro de golo de Fredy Montero foram decisivos para o desfecho final do embate entre o Gil Vicente. Aos 19 minutos, o colombiano aproveitou um mau alívio de cabeça de Gabriel, antecipou-se a Pecks e rematou para o fundo da baliza de Adriano Facchini, colocando o Sporting em vantagem. Ao minuto 74, o número 17 apareceu no sítio certo para empurrar a bola para o fundo da baliza e, assim, fechar de vez com o jogo.

Cumprida a missão de vencer em Barcelos para aproveitar o deslize do Benfica, rival com o qual dividia a liderança do campeonato à entrada para a jornada 12, o Sporting segue agora sozinho na frente da classificação com 29 pontos, mais dois do que o FC Porto e os encarnados. Além disso, contam com o melhor ataque (29 golos) e a segunda melhor defesa (nove golos), apenas superada pelos azuis e brancos.

Instinto de Montero faz a diferença

Os números justificam a liderança e as exibições também. O Sporting é uma equipa segura de si, com processos defensivos e ofensivos consolidados, estável e isso nota-se em campo. Como já disse Leonardo Jardim, os verdes e brancos têm um ADN próprio e não abdicam dele em nenhuma situação, sendo que aí reside parte do sucesso do clube de Alvalade esta temporada.
Mas em Barcelos, a vitória esteve longe de ser fácil para os forasteiros. O primeiro tempo foi equilibrado e não houve muitas oportunidades de golos, pelo que o tento de Fredy Montero, o melhor marcador do campeonato, foi mesmo o elemento diferenciador na análise aos primeiros 45 minutos. Um golo que nasceu de um relaxamento da defesa do Gil Vicente, situação que normalmente se paga caro frente a goleadores do calibre do colombiano. Foi o caso.

Antes do golo de Montero, Rui Patrício apenas tinha sido colocado à prova com um remate de fora da área de Luís Martins e já depois do Sporting estar em vantagem o guarda-redes leonino viu apenas João Vilela rematar por cima. Já os leões, além do golo aos 19 minutos, apenas se aproximaram da baliza de Adriano Facchini também por duas ocasiões, sendo que em ambas André Martins cabeceou ao lado.

O Sporting entrou melhor na segunda parte e podia mesmo ter ampliado a vantagem por intermédio de Wilson Eduardo, mas o avançado rematou por cima quando tinha apenas o guarda-redes do Gil Vicente pela frente.

Passado o susto inicial, os gilistas, já sem João Vilela mas com Vítor Gonçalves em campo, tentaram subir no terreno em busca do empate. O melhor período junto à área do Sporting aconteceu entre os minutos 55 e 60, altura em que o Gil Vicente teve duas oportunidades para chegar à igualdade. Na primeira, Paulinho, depois de um excelente passe em desmarcação de César Peixoto, viu Rui Patrício, com uma boa saída, negar-lhe a intenção de golo. Logo a seguir, Avto rematou poucos centímetros ao lado da baliza leonina.

Perante a postura das duas equipas, adivinham-se mais dificuldades para os leões na tentativa de defender a magra vantagem. No entanto, aos 61 minutos, Pecks teve uma entrada dura sobre William Carvalho e, de forma justa, foi expulso, colocando a sua equipa a jogar com menos uma unidade.

Em desvantagem numérica, a formação treinada por João de Deus não conseguiu voltar a colocar em sentido a defesa do Sporting em tempo útil (apenas o fez com um remate ao poste de Brito mas já à entrada do período de compensação) e viu os leões fecharem de vez com o jogo aos 74 minutos, com Fredy Montero, na sequência de uma defesa incompleta de Adriano Facchini a um remate de Capel, a colocar a bola no fundo da baliza e a terminar com qualquer aspiração gilista no jogo.

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