Os serviços de mensagens instantâneas e videochamadas, como o WhatsApp ou o Messenger, estão a ganhar cada vez mais popularidade. São várias as tecnológicas que têm apostado neste campo que a partir de hoje conta com um novo concorrente: o Google.
A gigante norte-americana anunciou esta segunda-feira, 16 de Agosto, que lançou o Duo, uma aplicação para videochamadas disponível para os sistemas operativas Android (da Google) mas também para o iOS (da rival Apple).
De acordo com um comunicado enviado pela Google, a aplicação começou hoje a ser disponibilizada "e estará disponível em todo o mundo ao longo dos próximos dias", em 78 idiomas.
O Duo "centra-se em videochamadas um para um em vez das chamadas de grupo", concorrendo assim directamente com o Skype (da Microsoft) e com o FaceTime (da Apple). Já o WhatsApp e o Messenger (ambos do Facebook) têm a funcionalidade de enviar mensagens escritas.
A nova aplicação móvel da Google baseia-se no número de telefone do utilizador "para que possa aceder a todos os seus contactos sem a necessidade de criar uma conta", explica a empresa.
Além disso, tem a funcionalidade "Knock Knock", que permite "ver previamente em vídeo a pessoa que está a ligar do outro lado, mesmo antes de atender a chamada". Esta opção, que actualmente só está disponível para as chamadas recebidas nos dispositivos Android, funciona apenas com as pessoas que constam na lista de contactos, e pode ser desactivado pelo utilizador.
O lançamento da nova aplicação da Google para videochamadas ocorre ao mesmo tempo que Bruxelasse prepara para apertar o cerco a serviços telefónicos que funcionam a partir da internet, os chamados serviços "over-the-top" (OTT).
No âmbito da revisão da legislação europeia sobre privacidade em curso, até ao final deste ano a Comissão Europeia deve apresentar novas regras para as plataformas OTT.
Até agora, estes serviços actuam numa área que, legalmente, não é clara tendo em conta que que as regras europeias se destinam exclusivamente aos serviços tradicionais de telecomunicações. E estas empresas utilizam as redes das operadoras de telecomunicações para operar e, além disso, não têm as mesmas regras relativas à utilização dos dados dos utilizadores como as empresas de telecomunicações têm vindo a alertar.
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