Em entrevista à TSF, o ex-ministro das Finanças e actual conselheiro de Estado criticou hoje o Governo pela forma como anuncia os cortes. "As pessoas ficam aterrorizadas porque não sabem onde vai haver cortes, em que condições, de que maneira. Fala-se disto como se falasse muitas vezes de números apenas.
Com todo o respeito pela profissão que agora vou citar, isto não é uma questão de talho, não é fazer cortes independentemente da vida, do espírito e da alma das pessoas", afirma.
O economista defende que o corte nas pensões de sobrevivência não poderá ter efeitos retroactivos.
"As pensões de sobrevivência, os trabalhadores e as suas entidades patronais, ao longo da sua vida profissional, descontam para esta eventualidade, a eventualidade da morte. E na decomposição da Taxa Social Única, 7% desta taxa, que representa cerca de 2% dos salários, é justamente para financiar as pensões de sobrevivência", acrescentou António Bagão Félix.
Fonte: Económico