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Investigador português cria gerador automático de poesia

Chama-se PoeTryMe, foi desenvolvido por um investigador da Universidade de Coimbra e é apresentado como o primeiro “poeta artificial” português, capaz de gerar poemas em menos de um minuto.

Na prática, o PoeTryMe é um sistema informático inteligente que se apoia em redes de palavras, relacionadas de acordo com os seus sentidos, e em padrões de versos, obtidos a partir da análise de poesia escrita por humanos. A partir daí gera poemas em língua portuguesa sobre as mais diversas temáticas.

Um dos pontos-chave deste poeta sui generis é, de acordo com Hugo Gonçalo Oliveira, seu criador, a sua flexibilidade na criação de poesia. "Tem a capacidade de compor com as mais diferentes configurações"

O PoeTryMe é capaz de, por exemplo, reunir um conjunto de palavras que defina o domínio do poema, indicar o nível de surpresa, escolher a forma poética – sonetos, quadras, etc. – e decidir o sentimento (negativo ou positivo) transmitido. "No final da obra, o sistema ainda pode explicar a sua escolha de palavras".

Desenvolvido ao longo dos últimos três anos, o sistema foi já adaptado para castelhano, numa colaboração com investigadores da Universidade de Madrid, estabelecida no âmbito do projeto europeu PROSECCO, que visa promover a investigação em criatividade computacional.

A Geração Automática de Poesia, enquanto área de conhecimento, surgiu em 2000, mas em Portugal ainda é pouco explorada. “É uma nova forma de pensar a poesia e pode contribuir para estimular os poetas humanos, desafiando ainda mais a sua criatividade. Pode funcionar, quem sabe, como uma fonte de inspiração”, sublinha Hugo Gonçalo Oliveira num comunicado enviado à imprensa.

TeK

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