Às 9:20, os juros da dívida a 10 anos estavam a transacionar-se abaixo dos 7%, nos 6,734%, depois de terem fechado a 6,726% na terça-feira e a 7,465% a 3 de julho, um máximo desde novembro de 2012.
A dois anos, os juros estavam a descer para 5,158% depois de terem fechado a 5,169% na terça-feira e a 5,302% a 4 de julho, um máximo desde novembro de 2012.
No prazo de cinco anos, os juros estavam nos 6,239%, acima dos 6,220% do encerramento de terça-feira, mas abaixo dos 6,671% de 3 de julho, um máximo desde novembro de 2012.
A 3 e 4 de julho, os juros da dívida soberana de Portugal dispararam devido à crise política desencadeada pela demissão do ministro de Estados e dos Negócios Estrangeiros e líder do CDS-PP, Paulo Portas, e desde então tinham descido em todas as sessões.
Entretanto, a solução apresentada pelos dois partidos da coligação, PSD e CDS-PP, está a ser analisada pelo Presidente da República, que hoje deve anunciar se a aceita ou não.
Além da eventual solução para a crise em Lisboa, analistas afirmam que as declarações do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, que assegurou na quinta-feira a manutenção de baixas taxas de juro na zona euro, foram determinantes para a descida dos juros da dívida.
O presidente do BCE, num anúncio histórico, antecipou que o BCE vai manter durante um “longo período” as taxas de juro baixas na zona euro.
No entanto, os juros da dívida grega a 10 anos, o único prazo disponível, também estavam hoje a subir face a terça-feira, a serem negociados a 11,028%, abaixo do máximo, de 11,595%, de 25 de junho, mas a mais de dois pontos percentuais acima do mínimo de 8,132% registado a 22 de maio.
Os juros das dívidas soberanas de Itália e de Espanha estavam hoje a subir em todos os prazos, invertendo a tendência de descida registada nas últimas sessões.
Hoje, a agência de rating Standard and Poor´s (S&P) deverá anunciar a descida de um nível da qualidade creditícia da dívida soberana de Itália, que assim passará de "BBB+" para "BBB" com perspetiva negativa.

Fonte: NM