As taxas de juro implícitas nas obrigações portuguesas seguem em queda ligeira. No prazo a 10 anos a descida é de 0,6 pontos base para 3,533%, a cinco anos a queda é de 0,7 pontos para 2,361% e a dois anos o recuo é de 0,8 pontos para 1,115%.
As “yields” portuguesas mantêm-se assim próximas de mínimos históricos, com o prémio de risco (diferença entre os juros portugueses e alemães) a rondar os 204,3 pontos, depois de na semana passada ter recuado, pela primeira vez desde 2010, para um nível abaixo dos 200 pontos.~
A descida dos juros tem estado relacionada com o alívio de pressão sobre a Europa, depois da crise da dívida ter feito disparar os juros de vários países europeus e ter dado origem a um pedido de ajuda financeira por parte da Portugal.
As taxas de juro de Portugal beneficiam também das notas de análise divulgadas na última sexta-feira pela S&P e pela Moody’s. De manhã foi a vez de a S&P subir a perspectiva de Portugal de “negativa” para “estável”. O “rating” da dívida soberana de longo prazo manteve-se em ‘BB’, que é um patamar da categoria de investimento especulativo, o chamado “lixo”.
À noite, a Moody’s elevou mesmo o “rating” de Portugal em um nível para “Ba2”, uma notação que ainda é qualificada de “lixo”. Esta agência de notação financeira deixou ainda a porta aberta para um novo aumento do “rating” de Portugal.
NM