Garay regressou à equipa para fazer dupla com Luisão no centro da defesa. A baliza voltou a ter Artur Moraes, enquanto que Rúben Amorim e Djuricic foram apostas para o meio-campo, tal como André Gomes. Na frente, Cardozo, a referência de área esta noite, foi apoiado por Gaitán e Salvio, que voltou a ser titular, algo que não acontecia desde o Sporting x Benfica de 31 de agosto.

Do lado do PAOK, Huub Stevens, tal como na primeira mão, voltou a apostar em Lino (ex-FC Porto) e Katsouranis (ex-Benfica) no seu figurino inicial.
Sem ser sufocante, o Benfica entrou bem no jogo. Rúben Amorim ia controlando bem os movimentos da equipa helénica e ditando os ritmos do conjunto de Jorge Jesus. Mas foi Djuricic, inteligente, quem percebeu primeiro os passos que o Benfica tinha de dar para chegar à baliza do PAOK.

Os gregos, sempre recuados e a defender muito atrás, espreitavam o contra-ataque para tentar chegar com perigo perto das redes de Artur. Aos 14 minutos, os adeptos do Benfica viram o guarda-redes quase comprometer; Artur defendeu em cima da linha de golo quando a bola já ia a entrar. No entanto, antes, o brasileiro não conseguiu agarrar a bola à primeira. Passou o susto para a defensiva da Luz.

Com sinal mais em campo, o Benfica ia colecionando ocasiões de golo. Aos 17′, Cardozo apareceu ao segundo poste, após cruzamento de Salvio, mas atirou por cima, num lance em que o avançado paraguaio reclamou um alegado empurrão, que o árbitro não assinalou.

Aos 20′, foi a vez de Garay ameaçar as redes do PAOK, mas Lino cortou a bola para canto.

Apesar de tudo, o Benfica parecia, nesta fase, ocupar mal os espaços em campo numa tarefa que André Gomes ia revelando ter algumas dificuldades em executar.

Jorge Jesus, no banco, ia deixando várias indicações ao jovem médio que foi aposta, esta noite, do técnico das águias. Foi daí que o treinador benfiquista viu Cardozo, aos 32′, obrigar Glykos a defesa apertada, na sequência de um livre perigoso a favor do Benfica.

Até final da primeira parte, o Benfica ainda foi com perigo mais algumas vezes à baliza do PAOK mas sem conseguir fazer o golo, na noite que serviu para lembrar Mário Coluna, antigo capitão do clube da Luz que morreu na terça-feira.

Katsouranis foi expulso e o Benfica resolveu a eliminatória

No regresso dos balneários, o Benfica viu o PAOK aparecer mais "agressivo". De resto, os gregos quase marcaram, aos 53′, na sequência de um canto. Maduro tinha a baliza à sua mercê mas atirou ao lado, num lance em que Artur estava batido.

Jesus não gostava do que via e decidiu refrescar o ataque, fazendo sair Salvio e Cardozo e colocando Markovic e Lima. E foi o antigo avançado do SC Braga que desbloqueou a partida. Aos 68′, Lima saiu disparado para o ataque e foi travado por Katsouranis quando estava apenas perante o guarda-redes do PAOK. O árbitro deu ordem de expulsão ao grego que saiu de campo sob um forte aplauso dos adeptos encarnados.

Na sequência da falta, o Benfica beneficiou de um livre que Nico Gaitán marcou de forma irrepreensível. O argentino bateu, de pé esquerdo, sem qualquer hipótese de defesa para o guarda-redes do PAOK.

A vencer o jogo, o Benfica colocou uma "pedra" na eliminatória com um golo de Lima, aos 77 minutos de grande penalidade, depois de Maduro ter tocado na bola com a mão dentro da área.

O terceiro golo do Benfica foi apontado pelo novo menino bonito da Catedral. Lazar Markovic, aos 79′, apareceu isolado na cara do guarda-redes do PAOK e com um ligeiro toque fez mais um na noite da Luz.

Até final, o Benfica geriu a confortável vantagem no jogo e na eliminatória.
Em dia de homenagem a Mário Coluna, as águias somaram uma vitória como tantas que o Monstro Sagrado ajudou a conquistar para a nação benfiquista.

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