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LE – FC Porto 1 – Sevilla 0

Num jogo crucial para o FC Porto após a derrota com o Nacional, o facto é que os azuis e brancos afirmaram-se na Europa. Não se esperava que fosse fácil derrotar o Sevilla – e não foi -, mas a realidade é que os portistas souberam agir e reagir nos momentos exatos. O FC Porto segue firme na competição europeia, mantém as aspirações intactas e tem os olhos no título, na final de Turim.​

Mangala foi patrão atrás e mostrou como se faz na frente

Sevilha será eternamente um nome agarrado às memórias dos adeptos portistas. Foi por aquelas terras que, em 2003, o FC Porto foi dono e senhor da então Taça UEFA e foi também por aqueles caminhos que os dragões de Villas-Boas tiveram de passar até levantar a taça da Liga Europa, em Dublin.
Por isso, quando o árbitro da partida apitou para o começo do jogo, as bancadas do palco portistas ainda lembravam, com notória saudade, outros tempos vividos na capital da Andaluzia.

Mas o jogo hoje foi no Dragão, onde se apresentou um Sevilla moralizado com o registo recente na Liga Europa. Quando pisaram o tapete verde da casa azul, os sevilhanos tinham um registo de zero derrotas na prova europeia. E era assim que pretendiam sair da Invicta.

Na distribuição da equipa, Unai Emery lançou em campo dois portugueses. Beto foi para a baliza, enquanto que Daniel Carriço, que esteve a contas com problemas físicos, viu o seu caso clínico reavaliado perto da hora do pontapé de saída e teve "luz verde" para avançar para o onze. José Antonio Reyes, antigo jogador do Benfica, também foi titular. Diogo Figueiras, por seu turno, ficou no banco e entrou na segunda parte.

Luís Castro, por seu lado, colocou em campo o seuonze mais forte com Fabiano Freitas na baliza. A defesa teve o regressado Mangala ao lado de Diego Reyes, enquanto que as alas foram ocupadas por Alex Sandro e Danilo. No meio-campo, naturalmente, Fernando teve a companhia de Defour e Carlos Eduardo. Na frente, Jackson Martínez foi municiado por Ricardo Quaresma e Varela, que voltou à equipa depois de ter falhado a deslocação à Madeira.Com as contas na Liga portuguesa complicadas no topo, os azuis e brancos avançaram para o jogo com a ambição de percorrer mais um "pedaço de estrada" na Liga Europa, numa campanha que, quiçá, pode terminar com uma nova conquista do título europeu, repetindo recentes sucessos europeus.

A entrada do FC Porto em campo foi vertiginosa. A iniciativa ofensiva pertenceu, durante praticamente toda a primeira parte, à equipa da casa. Com uma dose equilibrada de pressão sobre o portador da bola e atrevimento ofensivo, os jogadores de Luís Castro demonstravam ter a lição bem estudada. A equipa nortenha esteve sempre perto da baliza de Beto mas os sevilhanos não desmontaram a sua estratégia.

Anulando o elo de ligação entre o meio-campo e o ataque, o FC Porto suplantava o rival desta noite ao nível da recuperação e projeção da bola para o espaço concedido entre linhas pelo adversário. Mas falhava sempre no momento de rematar à baliza. Foi assim com Jackson Martínez, aos 10 minutos, após passe de Fernando e assim foi com Defour, aos 20′, depois do belga ter espaço para rematar com perigo.


Num jogo de Liga Europa e a jogar em casa, exigia-se ao FC Porto uma resposta clara à melhor zona do Sevilla no terreno de jogo: o meio-campo. E assim foi.

Os dragões conseguiram manter, quase sempre, os níveis de confiança e tranquilidade, continuando a aproveitar o claro nervosismo e ansiedade evidenciadas, por exemplo, no duelo da Madeira com o Nacional, no último domingo. Para tal, os dragões contavam com o apoio que vinha das bancadas onde os adeptos azuis e brancos não pararam de apoiar os seus jogadores.E o Dragão sorriu em festa, aos 31 minutos, quando Mangala abriu o marcador. Tudo começou num livre em zona frontal marcado de forma rápida, a defesa do Sevilla foi surpreendida, Ricardo Quaresma serviu a sua trivela para a cabeça do central francês que atirou a contar para o fundo das redes de Beto.

Quando se esperava uma resposta do Sevilla ao golo sofrido… acabou por ser o FC Porto a ameaçar o segundo golo por Ricardo Quaresma. O Mustang rematou de primeira à entrada da pequena área, mas Beto defendeu.

Aos 45′, Defour atirou com força ao poste da baliza de Beto, quando nas bancadas já se festejava golo. O belga, em carreira de tiro, teve espaço e rematou. Valeu aos sevilhanos os ferro da baliza.

No final da primeira parte, o FC Porto somava mais ataques, mais jogadas de perigo, mais crença, mais atitude e vencia com justiça.

FC Porto ficou sem Fernando mas teve a nação portista

Na segunda metade, a entrada em jogo dos portugueses foi (outra vez) mais atrativa e ao longo dos segundos 45 minutos repetiram-se os lances de perigo junto à baliza de Beto. Ainda assim, o conjunto espanhol nunca deixou que os portistas se entusiasmassem e foram colecionando também algumas ações junto da baliza de Fabiano Freitas. Seja como for, ficou a ideia de que o FC Porto continuou a recolher bem a bola em zonas do meio-campo onde Fernando voltou a ser dono e senhor do espaço.

Perante um Sevilla mais acutilante, sobretudo na última meia hora quando, por exemplo, já estava em campo Diogo Figueiras, Luís Castro ia pediando aos seus jogadores para continuar a pressionar em zonas mais avançadas os espanhóis.

E o treinador enviou a mensagem para dentro de campo com a entrada de Juan Quintero. O camisola 10 entrou com garra em campo e juntou-se no terreno de jogo a Quaresma como jogadores que mais trabalho iam dando ao Sevilla. De resto, o Mustang serviu com classe Jackson Martínez, aos 67 minutos, com mais uma trivela. Mas o remate do colombiano saiu sobre o travessão da baliza de Beto.A resposta apenas apareceu, ao minuto 74, com um forte remate de Carlos Bacca que Fabiano não conseguiu encaixar à primeira e Kevin Gameiro, na recarga, falhou o golo do empate, quando o guarda-redes portista estava praticamente batido.

Nos últimos minutos, o Sevilla ainda procurava o golo do empate, mas o FC Porto ia gerindo a vantagem sempre com a baliza de Beto na cabeça.

Antes do fim, Fernando viu duplo amarelo e o respetivo vermelho. O médio deixou a equipa a jogar reduzida e vai também falhar o jogo da segunda mão. O FC Porto perdeu o médio mas ganhou, como vinha ganhando, o apoio dos adeptos. As bancadas do Dragão puxaram pelos portistas. Os adeptos sabiam que era necessário vencer sem sofrer golos. «Portooo, Portoooo, Portoooo», gritavam os adeptos, que viram o FC Porto atirar aos ferros já nos descontos.

A verdade é que os azuis e brancos seguraram a vantagem magra mas vão a Sevilha em vantagem na eliminatória. Os dragões venceram e não sofreram golos.


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