Maria Luís Albuquerque lembrou que tem "três filhos pequenos" e que cortes na função pública também a afetam. Voltou a sugerir que é provável que cortes nos salários e pensões se mantenham em 2015.
A ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, lembrou que também ela tem "os rendimentos diminuídos" e – uma vez que tem "três filhos pequenos" – tem "pouca margem para poupar". A revelação foi feita na quinta-feira à noite na SIC, após ter sido questionada sobre se tinha ou não um Plano Poupança-Reforma.
A ministra garantiu que irá repor o que foi retirado em salários e pensões dos funcionários públicos "tão cedo quanto seja possível", mas como a "recuperação será lenta", admitiu que é provável que os cortes se mantenham no Orçamento para 2015. Já na terça-feira a ministra havia dito que o corte era "transitório, mas não necessariamente anual".
A ministra das Finanças admitiu que o próximo ano será igualmente duro, mas conta com a melhoria da situação económica para minorar os sacrifícios que serão exigidos aos portugueses.
Quanto ao facto de o esforço imposto pelas medidas ser conseguido à custa de 82% de corte da despesa e apenas 5% através de impostos sobre empresas do sector energético ou a banca, a ministra disse que "os portugueses não têm razões para se sentir injustiçados". Isto porque as medidas "afetam os salários e as pensões pelo peso têm na despesa pública".
A governante voltou a garantir que considera as medidas "constitucionais", reforçando que não foi previsto qualquer "plano B". "Não foram discutidas medidas alternativas no interior do Governo, nem com a troika", garantiu a ministra.
Fonte: DN