Em jeito de resposta a Paulo Portas, Maria Luís Albuquerque insistiu hoje na versão de Passos Coelho e afirmou que "não há condições para assumir redução de impostos".
"Aquilo que o primeiro-ministro disse é que não há decisões tomadas. Não estamos em condições de assumir um compromisso de redução de impostos", afirmou hoje a ministra das Finanças, na habitual conferência de imprensa no final do Conselho de Ministros.
Maria Luís Albuquerque responde desta forma a Paulo Portas que ontem, menos de 24 horas depois de Passos Coelho ter garantido, em entrevista à SIC que "não há nenhuma promessa para baixar o IRS", insistiu que é preciso criar condições para reduzir aquele imposto ainda nesta legislatura, sublinhando que essa intenção já foi aprovada pelo próprio Governo.
"Mantenho aquilo que está escrito no guião da reforma do Estado e que foi aprovado pelo Governo e que passo a citar: ‘O Governo tem consciência da necessidade de criar condições para começar a inverter a trajectória de agravamento do IRS. O início desse processo deverá ter lugar ainda nesta legislatura’, afirmou o vice-primeiro-ministro.
A ministra das Finanças vem assim hoje colocar-se ao lado do primeiro-ministro e afirmar oficialmente que o Governo não tem condições de garantir esse desagravamento.
Questionada sobre o relatório relativo ao sistema de pensões e à tabela salarial dos funcionários públicos, que será conhecido até ao final do mês de Abril, Maria Luís Albuquerque disse que não está em condições de adiantar pormenores, mas fez questão de garantir: "Ninguém a partir do próximo ano vai ficar mais penalizado pelas pensões, antes pelo contrário. (…) Os pensionistas não vão ver reduzir-se mais as pensões que recebem. Não terão uma redução adicional do seu rendimento, antes pelo contrário".