Cientistas da agência norte-americana NASA prevêem que o buraco na camada de ozono recupere totalmente em 2070, de acordo com a última reunião da American Geophysical Union, em São Francisco.
Uma equipa de cientistas estudou especificamente a composição química do buraco do ozono, que tem mudado em tamanho e profundidade desde o acordo do Protocolo de Montreal, em 1987, que proibiu os 197 países que o assinaram de utilizar químicos como CFCs. Este tipo de substância, é sabido, danifica a camada de ozono.
Um dos resultados descobriu que os níveis de cloro na atmosfera diminuíram desde este acordo, ainda que seja muito cedo para os ligar a uma camada de ozono, digamos, mais saudável.
“Os buracos no ozono com áreas mais pequenas e um tamanho maior de ozono não são, necessariamente, provas da recuperação da esperada diminuição do cloro. Essa assunção é idêntica a tentar perceber o que se passa com o motor do nosso carro sem sequer levantarmos o capot”, explicou Susan Strahan, da NASA.
Ainda assim, os cientistas acreditam que a maioria das mudanças no buraco de ozono devem-se sobretudo ao clima. Os ventos fortes conseguem mover o ozono em grandes quantidades, bloqueando alguns buracos durante anos – e não conseguindo fazê-lo noutras ocasiões.
“Neste momento, são os ventos e temperaturas que estão realmente a controlar o tamanho do buraco do ozono”, frisou Strahan.
Segundo o LiveScience, os resultados do Protocolo de Montreal serão visíveis a partir de 2025. Lá para 2070, o buraco de ozono deverá ter recuperado totalmente.
Fonte: Greensavers.pt