O prémio foi entregue na cidade suíça, Genebra, por Hamadoun I. Touré, secretário-geral da União Internacional de Telecomunicações, por ocasião da passagem do 149º aniversário da agência das Nações Unidas que se assinala este sábado.
Segundo a organização, os dois chefes de Estado e o magnata das telecomunicações da América Latina foram agraciados pela "liderança e dedicação" na promoção e desenvolvimento das TIC e conectividade de banda larga como um meio de alcançar o desenvolvimento sustentável.
De acordo com um comunicado da agência, a que a Lusa teve acesso, "Paul Kagamé é reconhecido por sua liderança no avanço da educação e do potencial das TIC como uma indústria dinâmica, bem como por ser um facilitador para a transformação sócio- económico em África".
O governante ruandês preside ao Grupo de Sensibilização sobre os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, que assessora o secretário-geral da ONU, Ban-Ki moon.
Já a Presidente sul-coreana, Park Geun-hye, que também presta assessoria ao secretário-geral da ONU na matéria, recebeu a distinção por o governo da Coreia do Sul ter lançado "um conjunto de planos de longo prazo que promovem o talento criativo, um movimento que estabelece um novo paradigma para a construção de uma economia nacional vibrante na era digital", refere a mesma nota.
O ministro da Ciência e Tecnologia da Coreia do Sul, Choi Mun-kee, foi quem representou a chefe de Estado sul-coreana na cerimónia.
Carlos Slim é o maior fornecedor de serviços de telecomunicações na América Latina e tem levado a cabo suas atividades filantrópicas que visam o desenvolvimento social e cultural naquele continente e não só, que vão desde a promoção das artes para apoiar as áreas de educação, saúde e geração de emprego, acrescenta o comunicado da União Internacional de Telecomunicações.
Em mensagem enviada, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban-Ki moon, considerou que a "conectividade de banda larga é uma ferramenta de transformação para alcançar os três pilares do desenvolvimento sustentável: o crescimento económico, a inclusão social e o equilíbrio ambiental".
É também "um elemento-chave do debate sobre a agenda de desenvolvimento pós- 2015", pelo que o secretário-geral da ONU assegurou que a organização vai trabalhar com a União Internacional das Telecomunicações "para reduzir o fosso digital e aproveitar o poder da tecnologia para criar um futuro melhor e mais sustentável para todos".
Falando na cerimónia, o secretário-geral da União Internacional de Telecomunicações destacou o papel desempenhado pelos galardoados na promoção das tecnologias, assinalando que "o direito à comunicação é fundamental para a sociedade da informação".
Aliás, "é um princípio fundamental para o acesso equitativo, acessível e universal à informação e ao conhecimento, pois permite capacitar as pessoas a satisfazerem as suas aspirações e a alcançarem seus objetivos de desenvolvimento", disse Hamadoun I. Touré.
N.M