O Presidente da República falou esta quarta-feira ao País na sequência da crise política gerada pela demissão de Vítor Gaspar e Paulo Portas e depois de ter ouvido todos os partidos com assento parlamentar e os parceiros sociais.
Esperava-se que o Presidente da República desse o seu aval ao novo elenco governamental proposto por Pedro Passos Coelho e Paulo Portas, mas, na verdade, o Chefe do Estado rejeitou a solução proposta pelo primeiro-ministro. Cavaco não quer que este Governo cumpra o mandato até ao fim e reclama um "compromisso de salvação nacional".
Filipe Garcia, economista da Informação em Mercados Financeiros (IMF), disse ao Negócios após a declaração de Cavaco Silva que “lá fora o que se temia era a queda do Governo e eleições antecipadas. E isso parece afastado. Portugal pode ser visto como estando a fazer um esforço para que o País não se torne ingovernável, evitando-se o que aconteceu em Itália e na Grécia”.
Os juros da dívida portuguesa recuam em todas as maturidades mas com quedas mais acentuadas nos prazos mais curtos. As yields a dois anos recua 26,6 pontos base para 4,866% e a três anos perdem 22,8 pontos base para 5,484%.
Os juros da dívida a cinco anos caem 9,4 pontos base para 6,160% e a 10 anos recuam 2,9 pontos base para 6,738%.
Fonte: JN