Apenas algumas horas após ter abandonado os festejos da vitória o futuro presidente madeirense, Miguel Albuquerque, concedeu, na manhã de ontem, uma entrevista ao DN no Funchal.
A CDU pediu que três mil votos sejam recontados. Teme perder a maioria absoluta?
Isso será muito difícil. Temos uma maioria que está bem expressa: ganhámos nos onze concelhos da região. Portanto não vão ser expedientes administrativos dessa natureza que vão alterar a composição que saiu da vontade dos madeirenses e porto-santenses.
Após a vitória disse que não exigia nada ao governo mas que ia negociar. Conta com Passos Coelho nessas negociações, nomeadamente na questão da dívida?
Conto com qualquer governo de Portugal para ter uma ponte de diálogo permanente no sentido de resolver as questões essenciais e prementes da Região Autónoma da Madeira (RAM) que são também questões de Portugal.
Já falou com Passos Coelho?
Ele telefonou-me para me felicitar após a eleição.
E falaram de trabalho?
Falámos de trabalho logo no dia 21 de janeiro, quando tive uma reunião com ele que permitiu resolver, graças à diligência do Estado, um dos principais dossiês que neste momento tinham de ser resolvidos: IV Regime da Zona Franca. Havia uma grande relutância para a resolver em Bruxelas, mas vai felizmente vai ser aprovada já na quinta-feira no Conselho de Ministros e permite manter a competitividade da Zona Franca em termos de grande plataforma de internacionalização da economia portuguesa.
dn