O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, reuniu ontem à noite, de urgência, com alguns dos seus braços-direitos, isto depois de o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, ter reprovado o acordo que o chefe de Governo lhe havia proposto, defendendo antes um “compromisso de salvação nacional” que vincule os três partidos que assinaram o memorando de entendimento com a troika, avança a SIC Notícias.
O chefe de gabinete do primeiro-ministro, Ribeiro Meneses, o assessor político de Passos, Miguel Morgado, e ainda o ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional, que gere a pasta da coordenação política do Governo, Poiares Maduro, foram convocados, ontem à noite, pelo líder do Executivo, para uma reunião de emergência em São Bento, adianta a SIC Notícias.
A estação televisiva captou imagens que documentam o encontro, recolhidas cerca das 23h00, indicando também que Passos Coelho terá abandonado a sua residência oficial já perto da meia-noite.
A reunião, saliente-se, decorreu cerca de duas horas depois de o Presidente da República, Cavaco Silva, ter comunicado ao País que não iria, para já, recorrer a eleições legislativas antecipadas como forma para solucionar a difícil conjuntura política que Portugal atravessa.
O chefe de Estado apelou, contudo, a um “compromisso de salvação nacional” entre o PSD, CDS e PS, partidos que assinaram em 2011 o memorando de entendimento com a troika, não validando assim o acordo que lhe fora proposto pelo actual líder do Governo, e que previa o reforço de poderes do presidente do CDS, Paulo Portas, no âmbito da coligação governativa.
Fonte: NM