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PORTIMONENSE Ricardo Pessoa à imagem de Zanetti, uma referência em Portimão


Ricardo Pessoa à imagem de Zanetti, uma referência em Portimão


O ídolo do capitão do Portimonense é o antigo internacional argentino e capitão do Inter Milão, jogador que pautou a sua carreira pela regularidade, tal como o lateral dos alvinegros, único jogador totalista da Liga 2 (2015/2016). Aos 34 anos, Ricardo Pessoa está a caminho dos 400 jogos pelos algarvios e mostra-se feliz pelo percurso, triste por ter falhado a subida de divisão. Acredita que a subida não falhará esta época.

– Depois de cumprir a 10ª época no Portimonense, titular indiscutível, único totalista da Liga 2, como explica esta regularidade?
– É sinal de que o trabalho é bem feito, continuo a trabalhar nos limites, porque só assim é que se consegue atingir o que pretendemos. O facto de não ter lesões e ser disciplinado também tem ajudado. Estou satisfeito por alcançar estes feitos, pois tem um significado enorme para mim.

– Não está ao alcance de todos os jogadores jogar tantos jogos consecutivos sem perder um minuto de jogo?
– Inspiro-me em Zanetti, pois continua a ser uma referência para mim. Não é fácil encontrar um jogador de campo que tenha tantos jogos consecutivos como eu, mas isso é fruto da dedicação e trabalho. É um orgulho para mim deixar a minha marca no futebol português.

– A regularidade que apresenta dá-lhe mais motivação para o futuro?
– Um dia vou ter que terminar a minha carreira (risos). Mas chegar aos 34 anos e manter um nível alto, treinando sempre nos limites, demonstra que dentro e fora de campo tenho levado uma vida regrada, tendo sempre na mente ajudar os meus companheiros. Não pensei ainda no final da carreira, mas não vou arrastar-me. Posso dizer que realizei uma das melhores épocas da minha carreira, mas não quero ficar por aqui.

– Contabiliza 377 jogos no Portimonense, o objetivo é superar os 400?
– É uma marca que está próxima e ao meu alcance. Seria bastante gratificante superar essa marca. Quero atingir esses números, mas o que tenho na cabeça é ajudar a equipa, pois o mais importante é o coletivo, uma vez que individualmente ninguém consegue nada no futebol ou na vida.

– Em termos coletivos, como se sente depois de falhada a subida de divisão?
– Estamos tristes porque merecíamos e estivemos muito perto de alcançar a promoção à Liga. Fizemos uma época fantástica. É verdade que o último jogo, frente ao Varzim, não foi bem conseguido da nossa parte. Mais a frio, se calhar, realizámos um dos piores jogos da época, mas isso não pode apagar o que fizemos durante onze meses. Tentamos tudo, merecíamos a subida e queríamos muito, mas as coisas nem sempre correm como desejamos. Assumimos que a responsabilidade é nossa. A SAD ofereceu todas as condições para estarmos só preocupados com o trabalho, nunca faltou nada aos jogadores, foram os jogadores que falharam e assumimos isso. O que não nos mata, torna-nos mais fortes…

– Acredita que o Portimonense, olhando para a construção da nova época, reúne as condições para chegar e afirmar-se no principal escalão?
– Claro que sim! O clube tem crescido imenso nos últimos anos, principalmente desde a chegada o investidor maioritário (Theodoro Fonseca). Fez um esforço enorme para dotar o clube de todas as condições, efetuando um trabalho fantástico. Posso dizer que o clube esta munido de todas as ferramentas para estar muitos anos na Liga.
Está na hora do plantel retribuir esse esforço e sacrifício que a SAD fez. Acredito que essa hora está perto de chegar para este clube histórico.

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