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Portugal terá mais 15 universidades seniores em 2014

Portugal terá mais 15 universidades seniores no próximo ano, principalmente em distritos do interior norte, apesar da crise económica, que já leva os idosos a desistirem de passeios e atividades, anunciou o presidente da associação destes estabelecimentos de ensino.

"Para o próximo ano temos cerca de 15 universidades que devem começar porque contribuem de forma bastante significativa para a melhoria de qualidade de vida das pessoas e nas comunidades acabam por ser um pólo de cultura e formação", adiantou à agência Lusa o responsável da Associação Rede de Universidades da Terceira Idade (RUTIS).
Os locais ainda não são conhecidos, mas Luís Jacob referiu que a RUTIS está a trabalhar mais no interior norte do país, onde existem menos universidades, e vai apostar em distritos como Bragança ou Vila Real.
A crise económica "afetou não a frequência das universidades, mas sim a participação nas atividades extracurrilares, as viagens, a ida ao museu ou ao teatro", salientou.
Aliás, nas atividades organizadas pela RUTIS, como os festivais de teatro e de música, foi notada a redução do número de alunos a participar desde o ano passado, "por causa desta questão financeira".
Com instalações cedidas, na maior parte das vezes, pelas autarquias e com professores voluntários, as universidades da terceira idade não exigem investimentos elevados para funcionar, mas também não têm mensalidades altas e cada aluno paga, em média, 10 euros.
Apesar de todos os docentes serem voluntários, "de uma maneira geral, não há falta de professores e, em algumas universidades, até têm a mais", o que depende da zona do país, referiu o presidente da RUTIS.
As matérias lecionadas nas universidades dos mais velhos são muito variadas e até há um estabelecimento de ensino com a "disciplina" de canoagem, que se junta à bicicleta.
Mas as disciplinas mais populares são a informática, saúde, história, português, inglês, cidadania, artes decorativas e ginástica.
As universidades seniores recebem alunos a partir dos 50 anos e a aluna mais velha tem 96 anos, embora metade dos inscritos tenha entre 62 e 72 anos.
As mulheres estão em maioria na vontade de aprender e no dinamismo, mesmo depois da reforma, e são 75% do total de alunos das universidades séniores.
Em média, cada universidade tem entre 150 e 200 alunos, "envolve muita gente e o impacto é maior em terras mais pequenas, onde acaba por ser o único pólo de cultura e animação da comunidade", disse ainda Luís Jacob.
As 210 universidades da terceira idade existentes têm cinco mil alunos e 4.500 professores voluntários, distribuídos por todo o país e ilhas, assim como África do Sul, país que tem uma unidade.

Fonte: NM

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