José Eduardo dos Santos anunciou hoje em Luanda o fim da parceria estratégica com Portugal, durante o discurso sobre o estado da Nação.
"Só com Portugal, infelizmente as coisas não estão bem. Têm surgido incompreensões ao nível da cúpula e o clima político actual, reinante nessa relação, não aconselha à construção da parceria estratégica anunciada", disse José Eduardo Santos, durante o discurso sobre o Estado da Nação em Luanda, de acordo com a Reuters.
O Económico já pediu reacção ao Ministério dos Negócios Estrangeiros e a vários empresários, mas até ao momento ninguém esteve disponível para qualquer comentário.
Pedimos igualmente um comentário à embaixada portuguesa em Luanda, mas sem sucesso. O embaixador português, João Câmara, está também indisponível em visita oficial ao Lubango.
As relações entre Portugal e Angola têm-se deteriorado nas últimas semanas, com a polémica e torno da investigação do Ministério Público português a algumas figuras de topo angolanas.
O Jornal de Angola escreveu sábado novamente um editorial sobre Portugal onde defendeu a necessidade de uma clarificação nas relações luso-angolanas e, citando responsáveis portugueses, questionava a qualidade da independência política da antiga potência colonial.
As críticas seguiram-se à visita de Rui Machete a Luanda, em que o ministro dos Negócios Estrangeiros pediu desculpas a Angola, em entrevista à Rádio Nacional de Angola, por causa da polémica em torno das investigações em curso na Procuradoria-Geral da República portuguesa a altas figuras do Governo angolano.
Dois dias depois, o Jornal de Angola escrevia que "ao alimentar manchetes e notícias falsas que têm no centro figuras públicas angolanas, o Ministério Público e a procuradora-geral da República, Joana Vidal, puseram-se fora da lei." E na quarta-feira voltou a dedicar o editorial a Portugal criticando "as elites portuguesas corruptas e ignorantes", e exigindo reciprocidade nas relações entre os dois países.
Portugal e Angola têm previsto realizar, em Luanda, em Fevereiro do próximo ano, a primeira cimeira bilateral, cuja realização foi anunciada em Fevereiro passado pelo então ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Portas.
"Só com Portugal, infelizmente as coisas não estão bem. Têm surgido incompreensões ao nível da cúpula e o clima político actual, reinante nessa relação, não aconselha à construção da parceria estratégica anunciada", disse José Eduardo Santos, durante o discurso sobre o Estado da Nação em Luanda, de acordo com a Reuters.
O Económico já pediu reacção ao Ministério dos Negócios Estrangeiros e a vários empresários, mas até ao momento ninguém esteve disponível para qualquer comentário.
Pedimos igualmente um comentário à embaixada portuguesa em Luanda, mas sem sucesso. O embaixador português, João Câmara, está também indisponível em visita oficial ao Lubango.
As relações entre Portugal e Angola têm-se deteriorado nas últimas semanas, com a polémica e torno da investigação do Ministério Público português a algumas figuras de topo angolanas.
O Jornal de Angola escreveu sábado novamente um editorial sobre Portugal onde defendeu a necessidade de uma clarificação nas relações luso-angolanas e, citando responsáveis portugueses, questionava a qualidade da independência política da antiga potência colonial.
Mas este foi apenas mais um dos editoriais dedicado a Portugal. No domingo, 6 de Outubro, o jornal atacava directamente a procuradora-geral da República portuguesa.
As críticas seguiram-se à visita de Rui Machete a Luanda, em que o ministro dos Negócios Estrangeiros pediu desculpas a Angola, em entrevista à Rádio Nacional de Angola, por causa da polémica em torno das investigações em curso na Procuradoria-Geral da República portuguesa a altas figuras do Governo angolano.
Dois dias depois, o Jornal de Angola escrevia que "ao alimentar manchetes e notícias falsas que têm no centro figuras públicas angolanas, o Ministério Público e a procuradora-geral da República, Joana Vidal, puseram-se fora da lei." E na quarta-feira voltou a dedicar o editorial a Portugal criticando "as elites portuguesas corruptas e ignorantes", e exigindo reciprocidade nas relações entre os dois países.
Portugal e Angola têm previsto realizar, em Luanda, em Fevereiro do próximo ano, a primeira cimeira bilateral, cuja realização foi anunciada em Fevereiro passado pelo então ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Portas.