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Produtores de vídeos criticam deputado que procurou link pirata no Twitter

No dia 27 de outubro, o deputado João Galamba perguntou no Twitter se conheciam algum link pirata que permitisse ver, em direto, o Porto X Sporting. Não teve de esperar muito para receber a resposta que procurava.

Dia 27 de outubro; dia de Porto – Sporting. O resultado final terminou com 3-1 para os portistas, mas esse pode não ter sido o única consequência menos agradável para o deputado socialista João Galamba, que aparentemente é sportinguista. Quase um mês depois, a Associação Portuguesa de Defesa de Obras Audiovisuais (FEVIP) acaba de emitir um comunicado a classificar de «lamentável» o comportamento do deputado socialista, que recorreu ao Twitter com o objetivo aparente de saber se alguém do seu círculo de relações saberia de um link pirata que permitisse ver, em direto, o clássico que se jogou à noite de 27 de outubro no Estádio do Dragão.
Nos momentos que se seguiram ao tweet, quatro pessoas publicaram quatro respostas a João Galamba com três links para o visionamento do jogo na modalidade pirata.
«Por este facto, a Fevip entende que o cargo de Deputado da República Portuguesa que o mesmo ocupa deveria compaginar-se com um alto sentido de responsabilidade social e exemplo cívico. Assim, ao serem proferidas tais palavras na esfera pública, com a agravante do seu contexto encontrar-se nas redes sociais de elevada projeção, tornam-se altamente censuráveis e demonstrativas da falta de respeito que o senhor deputado tem pela propriedade intelectual e para com os setores que representam mais de 2% do PIB e cujos atores económicos ajudam na empregabilidade e desenvolvimento da economia do próprio país», refere a associação que representa os produtores de vídeos.
O comunicado da Fevip não revela se vai avançar com uma qualquer ação judicial, mas recorda que o uso de links piratas para o visionamento de jogos contraria a lei dos direitos de autor: «Na realidade, tal comentário/solicitação, a concretizar-se, levaria necessariamente a uma utilização ilegal, suscetível de sanção criminal, de conteúdos audiovisuais de terceiros, que investem recursos financeiros e humanos numa atividade geradora de emprego e receita fiscal».

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