"Realizar as eleições para o Parlamento no mesmo dia em que as eleições autárquicas", é a alternativa referida por Alfredo José de Sousa para "refrescar" a situação política antes de junho de 2014.
O Provedor considera que Cavaco Silva está a dar ao país sinais contraditórios.
O provedor de Justiça aponta a realização de eleições antecipadas em Portugal como a única alternativa para "refrescar" a situação política antes de junho de 2014.
Em entrevista à Antena 1, Alfredo José de Sousa fala em "aproveitar as eleições autárquicas para realizar, no mesmo dia, as eleições para o Parlamento".
O provedor considera ainda na mesma entrevista que o Presidente da República está a enviar mensagens contraditórias. "Às vezes parece que quer dar cobertura à coligação", mas noutros momentos Cavaco Silva "parece querer distanciar-se". E dá como exemplo o seu pedido de fiscalização preventiva das comunidades intermunicipais.
Por outro lado, Alfredo José de Sousa diz que "a crise política que se pode vir a juntar à crise económica e social está nas mãos de uma só pessoa", no caso, o ministro das Negócios Estrangeiros e presidente do CDS, Paulo Portas.
Na entrevista, o Provedor sublinha não conhecer "nada" da lei da mobilidade especial, que há um mês está a provocar uma enorme ansiedade nas pessoas, mas admite enviá-la para o Tribunal Constitucional.
Quanto à chamada TSU dos pensionistas e as medidas concretas sobre os despedimentos na função pública, Alfredo José de Sousa diz que "não se sabe qual a intenção do Governo".
O Provedor comenta também o último Conselho de Estado, que não considerou importante, porque "apenas serviu para conhecer diversas perspetivas pós-‘troika’ em termos de União Europeia": "Pessoalmente, foi muito cansativo, com 18 monólogos durante sete horas".
Já sobre a sua manutenção no cargo, cujo mandato está a expirar, Alfredo José de Sousa diz que se recandidata se PSD e PS quiserem e chegarem a entendimento.
Fonte: Expresso