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PS responde a Passos: negociar é na AR.

Uma semana depois do convite do Governo para uma reunião, o PS enviou ontem a carta de resposta. Os socialistas preferem conversar na Assembleia da República(AR) e recordam que vão manter "a coerência" com a moção de censura que apresentaram. Ou seja, "o PS ontinua a defender a substituição do Governo". Em resumo, na volta do correio, o novo ministro Poiares Maduro fica a saber que o PS não se não recusa a falar, mas acha que a margem para entendimento é muito estreita.

A carta do PS, assinada pelo porta-voz João Ribeiro, apresenta um rol de queixas sobre a anterior indisponibilidade do Governo: "Este convite surge 22 meses após a sua posse e depois de ter fechado as portas a qualquer contributo do PS para dinamizar a economia nacional e preservar o emprego".Numa altura em que os socialistas ainda não conhecem as medidas que Vítor Gaspar prometeu apresentar para consolidar as contas públicas, o PS aviva a memória sobre a linha de demarcação: "O Governo tem conhecimento de que o PS se opõe à política de austeridade".

Neste cenário em que os entendimentos se afiguram difíceis, "o PS considera que a Assembleia da República, e em particular a Comissão Parlamentar de Economia e Obras Públicas, é o local adequado para a apresentação e debate de propostas, venham elas do Governo ou dos grupos parlamentares". Se ainda assim o Governo insistir em encontros bilaterais, o PS diz que fica a aguardar "que seja informado do dia, hora e local".

Na missiva, além de recordar ter sido ignorado no passado, o PS manda ao Executivo uma série de recados relacionados com a insensibilidade à alegada abertura da União Europeia para negociar o ajustamento da dívida.

O Governo "não aproveita nenhuma oportunidade para que o ajustamento de Portugal seja credível e sustentável", apesar de o "presidente do Eurogrupo e do presidente da Comissão Europeia terem reafirmado, nas últimas semanas, que há sempre hipóteses de tornar as condições mais adequadas", lamenta o PS.

Fonte: SOL

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