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Quem tem Apple corre maior risco de segurança de sempre

A Apple libertou hoje vários updates de segurança, que permitem aos utilizadores do sistema operativo Mac OS corrigirem falhas de segurança graves no software.

A marca, que se orgulha da sua reputação em segurança, está debaixo de uma chuva de críticas por ter demorado a corrigir a falha no Mac OS, depois de ter libertado a correção para iOS, sistema do iPhone e iPad. Esta falha permitia a um atacante dentro da mesma rede interceptar e até modificar comunicações supostamente encriptadas transferidas através do Safari, Email, iCloud e outras aplicações da Apple. A vulnerabilidade ficou conhecida como "gotofail". Em vez do Safari, e enquanto não fizerem as atualizações, os utilizadores são aconselhados a utilizar outros browsers, como o Chrome ou o Firefox, e evitar ligações a Wi-Fi públicos.

A Apple lançou um update na sexta-feira para iOS, mas de forma tão discreta que a maioria dos utilizadores não se apercebeu dele.
Depois, especialistas em segurança perceberam que a mesma poderia ser explorada no Mac OS e noutras aplicações Apple. A marca não fez comentários desde sábado, altura em que disse à Reuters que estava a trabalhar na resolução do problema. Esta quarta-feira, libertou updates que corrigem 33 falhas, não apenas para Mac OS Mavericks, mas também para o Lion e Mountain Lion.

A firma de segurança FireEye, de acordo com o Financial Times, publicou na segunda-feira uma aplicação de vigilância para "prova de conceito", provando que um atacante poderia capturar todos os movimentos no ecrã e botão do iPhone. A empresa sublinhou que um potencial pirata poderia reconstruir todos os caracteres introduzidos pelo utilizador do iPhone, descobrindo palavras-passe ou números de cartão de crédito.

Pior ainda, a vulnerabilidade adveio de um erro de programação, numa única linha de código. O que não se sabe é quantos hackers terão tido conhecimento destas falhas e se tentaram explorá-las.

Marc Rogers, analista da empresa de segurança móvel Lookout, citado pelo Financial Times, diz que a Apple está sob intenso escrutínio dos hackers desde que os seus produtos se tornaram mais populares e normalmente associados a utilizadores com mais dinheiro. Apesar das críticas, o especialista considera que a reação da Apple foi "fenomenal", com a resolução rápida do problema, e que a marca continua a ter uma boa reputação.

A FireEye não acredita que a falha tenha sido muito explorada e que a maioria das pessoas não terá sido afetada. No entanto, falhas como esta são críticas numa altura em que as operações de espionagem da NSA estão na ordem do dia.

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