Rui Calado, que falava aos jornalistas à margem do Congresso da Ordem dos Médicos Dentistas, explicou que o programa de diagnóstico precoce e de rastreios ao cancro oral está praticamente pronto a arrancar, faltando apenas ultimar a parte informática.
Este programa passa por um trabalho de parceria entre os médicos de família e os cerca de três mil dentistas que integram o Programa Nacional de Saúde Oral, podendo qualquer um deles detetar lesões que eventualmente sejam suspeitas de cancro oral.
"Se o médico de família entender que precisa de uma confirmação diagnóstica e de uma biopsia encaminha para um conjunto de médicos dentista, que farão parte de uma rede nacional que estamos a construir, que por sua vez irão confirmar essa observação", explicou Rui Calado.
Por outro lado, o dentista que diagnostique uma lesão suspeita pode também contactar o médico de família do doente.
Além disso, haverá uma rede de 200 médicos espalhados "de forma equilibrada" pelo país com a tarefa de realizarem a biópsia.
Fazendo contas com base em mil cancros orais identificados no ano passado em Portugal, o responsável estima que seja preciso realizar cerca de cinco mil biópsias por ano.
Fonte: NM