Presidente da Comissão Europeia apelou esta quarta-feira a mais solidariedade entre os Estados-membros e garantiu que a União Europeia não está em risco.

“Os trabalhadores devem receber o mesmo salário pelo mesmo trabalho, no mesmo local”, defendeu esta quarta-feira o presidente da Comissão Europeia, na abertura do debate sobre o estado da União Europeia.

“Europa também quer dizer solidariedade e jogo justo”, afirmou Jean-Claude Juncker no Parlamento Europeu. Receber o mesmo salário pelo mesmo trabalho no mesmo local “é uma questão de justiça social”, defendeu, lembrando a directiva sobre destacamento de trabalhadores que a Comissão apoia.
“O mercado interno não pode ser um local onde os trabalhadores da Europa de Leste sejam explorados ou sujeitos a ‘standards’ sociais mais baixos. A Europa não é o ‘Wild West’, mas uma economia de mercado social”, salientou.
Perante o plenário de Estrasburgo, o chefe do executivo europeu criticou o estado de desunião em que se encontra o projecto europeu e apresentou uma agenda de acções positivas concretas para os próximos 12 meses.
“Estou convencido de que vale a pena preservar o estilo de vida europeu. Tenho a impressão de que muitos se esqueceram do que significa ser europeu, o que significa ser parte desta união de europeus – aquilo que o agricultor da Lituânia tem em comum com a mãe solteira de Zagrebe, a enfermeira de Valetta ou o estudante de Maastricht. É importante recordarmo-nos por que razão as nações europeias escolheram trabalhar em conjunto”, afirmou.
Assim, para o próximo ano, Jean-Claude Juncker defende uma Europa mais protectora, que preserve o estilo de vida europeu, que reforce o poder dos cidadãos, que se saiba defender em casa e no exterior e que assuma as suas responsabilidades.
Durante o seu discurso em Estrasburgo, Juncker considerou ainda que a Europa não está em risco, mas vincou a ideia de ser necessária mais solidariedade, incluindo no plano laboral.