De acordo com um comunicado da Casa Branca, citado pela AFP, os dois líderes "vão manter consultas regulares", em relação ao alegado ataque nos arredores de Damasco na passada quarta-feira, "assim como quanto a possíveis respostas a dar pela comunidade internacional ao uso de armas químicas".
A notícia do telefonema entre Obama e Cameron foi conhecida logo a seguir a um outro comunicado relacionado com um encontro hoje entre o chefe de Estado norte-americano e os seus principais conselheiros no Conselho de Segurança Nacional, que aparentemente terá dado crédito a relatos do ataque químico a áreas controladas pelos rebeldes nos arredores da capital síria.
"Em coordenação com os nossos parceiros internacionais e conscientes de dezenas de testemunhos recentes e registos dos sintomas das pessoas que foram mortas, os serviços de informações dos Estados Unidos continuam a reunir factos para apurar o que aconteceu", fez saber a Casa Branca.
"O presidente recebeu também um relatório detalhado relativo a um conjunto de opções possíveis que pediu para estarem preparadas para que os Estados Unidos e a comunidade internacional respondam ao uso de armas químicas", acrescenta o comunicado.
O encontro ocorreu um dia depois de o secretário norte-americano da Defesa, Chuck Hagel, ter dito que os militares apresentaram opções ao Presidente e estavam a deslocar forças para o terreno em prevenção a uma eventual decisão.
Barack Obama tem até agora expressado cautela, alertando para o facto de uma resposta militar musculada poder ter consequências imprevisíveis, incluindo a do envolvimento dos Estados Unidos em mais um conflito prolongado no Médio Oriente.
O Presidente norte-americano está, no entanto, sob pressões crescentes para agir na sequência dos relatórios sobre o alegado ataque com armas químicas, que, segundo a organização Médicos Sem Fronteiras, terá morto 355 pessoas com sintomas "neurotóxicos".
Fonte:NM